Líder em Portugal e tremido na Liga dos Campeões, o FC Porto terá domingo o seu primeiro grande confronto na I Liga de futebol, diante de um Sporting que chegará ao Dragão capaz de discutir o comando.
Entre portas, os portistas somam 19 pontos, mais dois que os “leões”, mercê de seis vitórias e um empate, concedido no Estoril (2-2), e já alcançaram um título esta época, a Supertaça Cândido de Oliveira, ao baterem o Vitória de Guimarães por 3-0.
Mas, entre as 12 partidas oficiais já efetuadas, a equipa de Paulo Fonseca, a cumprir a sua primeira época aos comandos do tricampeão nacional, tem duas que ficaram “entaladas” no imaginário das suas hostes, precisamente as duas únicas derrotas, ambas para a Liga dos Campeões e em casa.
E, é sob o espetro de uma segunda derrota consecutiva na competição europeia, que condiciona sobremaneira a qualificação para os oitavos de final, que os “dragões” se preparam para receber o Sporting.
Uma situação de perda que terá afetado mais os propósitos que a moral das “tropas” de Paulo Fonseca, tendo até em conta as circunstâncias em que aconteceu: numa partida em que jogaram reduzidos a 10 unidades durante mais de 80 minutos, com uma exibição muito personalizada e até tendo criado mais oportunidades de golo.
Porém, apesar de bem mais sucedidos no plano nacional – ao que acresce uma primeira vitória (1-0 sobre o Trofense, da II Liga) na Taça de Portugal -, a verdade é que os portistas ainda não se revelaram o “rolo compressor” de épocas anteriores e nem o facto de se estar ainda numa fase inicial da prova serve de justificação.
Paulo Fonseca inverteu o habitual triângulo do meio-campo, com um “pivot” defensivo, recuperado com a entrada de Jesualdo Ferreira, em 2006/07, e mantido até final da época passada, passando por André Vilas-Boas e Vítor Pereira.
O ex-técnico do Paços de Ferreira tem procurado uma dinâmica de ataque diferente, com um “pivot” ofensivo, função entregue a Lucho González, mas muito prometida e ambicionada pelo reforço de maiores expectativas: o colombiano Juan Quintero.
Algumas alterações frequentes dão indícios de que o “onze ideal” ainda não está encontrado, embora as opções para os vários lugares se revelem válidas e suficientes até ao momento, pelo menos no plano nacional.
Ainda no capítulo dos reforços, se é verdade que Licá (ex-Estoril) e Josué (ex-Paços de Ferreira) parecem estar já muito identificados com as táticas e propósitos do sistema de Paulo Fonseca, outros procuram espaço próprio nas opções do treinador, mas por condicionantes diferentes de uns para os outros: Ghilas, Herrera Diego Reyes e Carlos Eduardo, sobretudo.