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Crónica: Sporting voltou a ser superior, mas os jogos ganham-se com golos

O Sporting foi afastado dos quartos de final da Liga Europa ao registar um empate por 1-1 no jogo em casa frente à Juventus. Apesar de ter demonstrado superioridade nos dois encontros, a falta de eficácia na finalização acabou por ser determinante para a eliminação dos leões.

Crónica: Sporting voltou a ser superior, mas os jogos ganham-se com golos

A Juventus fez o jogo que se esperava, a defender com um bloco médio baixo, a dar iniciativa ao Sporting e a tentar surpreender nalguma transição para chegar ao golo, mas fê-lo num lance de bola parada, logo aos nove minutos, na sequência de um pontapé de canto, em que Rabiot foi lesto a bater Adán.

Toda a gente sabe que os lances de bola parada no futebol moderno decidem jogos, e o Sporting começou cedo a falhar, ao permitir que a Juventus chegasse ao golo na sequência de um pontapé de canto, que a equipa defendeu manifestamente mal.

Antevia-se uma noite ainda mais complicada depois deste golo, mas foi ‘noite sim’ de Edwards, que deu muito que fazer à defesa da ‘vecchia signora’, que não soube como travá-lo.

À passagem do minuto 18, uma explosão do ‘baixinho’ inglês levou a bola ao poste pela coxa de Trincão e a um penálti cometido sobre Ugarte, outro ‘gigante’ na partida, um autêntico ‘polvo’, com ‘muitas pernas’ que chegavam onde não era concebível.

Do penálti chegou o empate e a reentrada do Sporting na discussão da eliminatória, que teve um mérito que deve ser salientado, e que foi a extraordinária reação à perda da bola, em termos posicionais, que permitiu anular sucessivamente as transições ofensivas da Juventus.

A seguir ao golo do empate, o Sporting perdeu algum ímpeto ofensivo, e até permitiu que a ‘Juve’ fosse mais atrevida a chegar às imediações da área ‘leonina’, mas na segunda parte voltou a dominar o jogo e a criar oportunidades suficientes para levar, no mínimo, o jogo para prolongamento.

O problema é que faltou sempre capacidade de perfurar a defesa italiana, fosse por alto – porque, aí, Bremer e Danilo, corpulentos, iam ditando a sua ‘lei’ face aos jogadores de baixa estatura do Sporting -, fosse com a bola rasteira, porque havia sempre mais um toque, uma tabela, um drible, e muita falta de espontaneidade no remate.

Houve dois jogadores ‘monstruosos’, Ugarte, a recuperar bolas, e Edwards a criar desequilíbrios no flanco direito, tantos que custa perceber como nenhum deles foi aproveitado para meter a bola na baliza da Juventus.

Há que dizer que faltou um Pedro Gonçalves mais inspirado, a jogar da esquerda para a direita, que teimou nos cruzamentos para a área com o pé direito, depois de ‘cortar’ para dentro, que foram sucessivamente anulados, e faltou Morita, na segunda parte, face à quebra de rendimento que teve.

Nos últimos minutos, aos 88 e 90 minutos, o ‘ponta de lança’ Coates falhou dois golos feitos, na sequência de duas jogadas geniais de Edwards, a ‘à Messi’, mas o capitão não teve a frieza e a capacidade de execução para meter a bola nas redes da Juventus.

Antes disso, aos 75 minutos, Esgaio, só com Szczesny pela frente, descaído para o flanco direito, chutou por cima da barra com tudo para fazer o 2-1, mas quando se vende Porro e se deixa no seu lugar Esgaio, paga-se uma ‘fatura’ desportiva por isso.

Em suma, a Juventus ‘joga pouco’, confirmou hoje isso mesmo, a despeito de ter alguns jogadores de nível mundial, mas acabou por passar a eliminatória porque fez dois golos em ambos os jogos e o Sporting apenas um.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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