O técnico do Benfica Roger Schmidt sentiu, na última sexta-feira, o desagrado dos adeptos encarnados durante o jogo contra o Farense, no Estádio da Luz.
As substituições de Casper Tengstedt e João Neves por Petar Musa e Gonçalo Guedes desencadearam uma forte reação dos adeptos, que não hesitaram em demonstrar o seu descontentamento com uma monumental assobiadela.
No final do encontro, Roger Schmidt expressou a sua disposição em abandonar o comando técnico dos 'encarnados' se considerarem que é parte do problema.
"Se eu sou o problema, se o Benfica precisa de um treinador que faça as substituições que os adeptos querem, não há problema, eu saio", afirmou Roger Schmidt, destacando que está disposto a ceder o seu lugar se isso for benéfico para o clube.
A esta situação, Toni, figura lendária do Benfica, tanto como jogador como treinador, ofereceu a sua visão. Em declarações ao Canal 11, e reproduzidas pelo jornal Bancada.pt, Toni esclareceu que os adeptos não pretendem ditar as substituições, mas sim que o treinador reconheça o que "o jogo está a pedir".
"Aquilo que se quer é que faça as substituições que o jogo está a pedir"
"Aqui não são as substituições que os adeptos querem", justificou Toni, sublinhando o seu conhecimento profundo do clube e a experiência de mais de meio século ligado aos ‘encarnados’.
Referindo-se ao incidente no jogo contra o Farense, Toni descreveu a reação dos adeptos como um "grito de revolta", algo que, segundo ele, é raro e nunca presenciado na sua longa ligação ao futebol. "Nunca vi aquilo como naqueles dois, três minutos, ao treinador", observou.
Entretanto, Rui Costa, presidente do Benfica e ex-jogador sob a orientação de Toni, manifestou confiança em Roger Schmidt para liderar a equipa.