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"Bater a porta pelo próprio pé? Schmidt é um profissional, tem de zelar pelos seus interesses"

O Benfica enfrenta atualmente um momento delicado, marcado por uma atmosfera de tensão e crítica que paira sobre o clube da Luz e que começa a escalar para níveis certamente indesejáveis pela estrutura encarnada.

"Bater a porta pelo próprio pé? Schmidt é um profissional, tem de zelar pelos seus interesses"
Gonçalo Flores Semedo / Futebol 365

"A nível pessoal, parece-me que Roger Schmidt não está, de todo, satisfeito com a situação", observou Rui Mota, antigo adjunto do técnico alemão.

A época das águias tem sido marcada por objetivos falhados, e as eliminações nas finais da Taça da Liga e da Taça de Portugal, juntamente com a saída da Liga Europa frente ao Marselha, têm desencadeado uma onda de descontentamento entre os adeptos encarnados.

Este cenário de deceção gerou críticas diretas e incisivas a Roger Schmidt e à direção encarnada liderada por Rui Costa, que enfrenta uma crescente pressão para uma mudança no comando técnico do atual campeão nacional no final da época.

O último jogo do Benfica no campeonato português, apesar da vitória convincente sobre o Farense, foi marcado por momentos de tensão e agressividade por parte de alguns adeptos em relação a Schmidt tendo, inclusive, sido atingido por uma garrafa de água atirada das bancadas do Estádio de São Luís.

Face ao aumento das críticas, parece cada vez mais provável que a separação entre os encarnados e Schmidt ocorra após o término da época.

"Schmidt também tem a sua família consigo, e não está a gostar, de todo, deste tipo de atitudes"

No entanto, há quem defenda que o treinador alemão não tomará a iniciativa de sair pelos seus próprios pés, ficando a sua eventual saída da Luz dependente de uma decisão de Rui Costa.

Neste sentido, e em declarações à 'Antena 1', Rui Mota, que trabalhou com Schmidt durante a sua passagem pelo Beijing Guoan na China, afirmou que Schmidt não parece inclinado a sair voluntariamente e pode estar interessado em chegar a um acordo com o clube.

"Bater a porta pelo próprio pé... Não me parece que o irá fazer. Poderá haver, aqui, uma intenção de saída e de chegar a um acordo com o clube, porque, acima de tudo, é um profissional, e tem de zelar, também, pelos seus interesses", começou por afirmar o técnico vimaranense.

O antigo adjunto de Schmidt destacou também o estado psicológico do treinador alemão, sugerindo que a falta de apoio e acolhimento pode dificultar a sua permanência no clube lisboeta.

"A nível pessoal, parece-me que Roger Schmidt não está, de todo, satisfeito com a situação, ainda para mais, porque, quando estamos no estrangeiro, estamos longe de casa e gostamos de ser bem recebidos e acolhidos", observou.

"Se não houver esse bom acolhimento, as coisas podem tornar-se mais difíceis para se permanecer. Parece-me que Roger Schmidt também tem a sua família consigo, e não está a gostar, de todo, deste tipo de atitudes. O futebol é assim. Não se pode ganhar sempre", explicou.

Mota aproveitou ainda a oportunidade para lamentar a contestação enfrentada por Schmidt após a vitória sobre o Farense, enfatizando que, apesar das dificuldades recentes, o treinador já contribuiu com um título para o clube e merece respeito.

"É uma situação em que os adeptos podem demonstrar desagrado, mas há formas de o fazer. Esta não é, de todo, a mais correta", criticou.

"Quando estamos a falar de um profissional que já deu um título ao clube, numa época em que toda a gente o reconheceu pela sua excelência e pelo impacto positivo que teve no clube, na estrutura na equipa e junto dos jogadores... Uma época depois, o cenário vira completamente do avesso e há este tipo de situações que não são boas", rematou.

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