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"Um líder sem bom senso pode levar a resultados catastróficos e este foi o caso de Schmidt"

À medida que a temporada se aproxima do seu término, os adeptos do Benfica encontram-se num período de introspeção e desilusão, confrontando-se com um desfecho que não correspondeu às altas expectativas que haviam sido criadas.

"Um líder sem bom senso pode levar a resultados catastróficos e este foi o caso de Schmidt"
Benfica

"Nas últimas cinco épocas, o Benfica ganhou três títulos (os mesmos que o Braga). Será que os sócios têm consciência desta triste realidade?", questiona antigo atleta dos encarnados.

A era de Roger Schmidt ao leme das águias tem sido marcada por altos e baixos, levando a que o ambiente nos corredores da Luz seja de enorme incerteza quanto ao futuro imediato da equipa lisboeta.

O avultado investimento realizado pela estrutura encarnada, liderada por Rui Costa, no plantel benfiquista alimentou as esperanças dos adeptos benfiquistas numa época de sucesso e conquistas.

Contudo, a realidade tornou-se madrasta para a turma encarnada, com o eterno rival Sporting a conquistar o título de campeão nacional, deixando o Benfica na sombra da sua glória passada.

"Schmidt tem uma proposta de jogo interessante, mas a sua teimosia limita-o como profissional"

O antigo jogador de rugby do Benfica, João Ferreira Queimado, expressou estas preocupações numa crónica escrita para o jornal 'Observador', onde destacou a falta de títulos do clube nos últimos anos e apontou o dedo à gestão desportiva interna.

"Nas últimas cinco épocas, dos 20 títulos nacionais em disputa, o Benfica ganhou três (os mesmos que o Braga). Será que a maioria dos sócios do Benfica, no meio do seu fervor clubístico, têm consciência desta triste realidade?", começou por questionar o antigo atleta das águias.

"Isto são factos não são opiniões. E é a partir dos factos que temos que refletir para tentar mudar o futuro", acrescentou, sublinhando a necessidade de uma reflexão interna profunda sobre os rumos do clube.

O ex-atleta encarnado e adepto atento da realidade do emblema da Luz, apontou ainda a política de contratações do Benfica como um dos principais obstáculos ao sucesso desportivo consistente, algo que a última época fazia antever. Contudo, esta temporada irá terminar para o conjunto lisboeta apenas com a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira.

"Todos os anos somos o Benfica que mais compra em quantidade e em valor mas que simultaneamente inicia as épocas com os planteis mais desequilibrados, com lacunas óbvias em lugares chave. Nunca fechamos os planteis", observou.

"E a principal razão porque os não fechamos é que a nossa política de compras tem sempre um maior foco em acumular jogadores jovens, em que o principal critério é que tenham potencial para virem a ser a nossa próxima grande venda milionária", escreveu ainda o antigo jogador de rugby do Benfica.

A escolha do treinador também não escapou à análise crítica de João Ferreira Queimado, que reconheceu a proposta de jogo interessante de Schmidt, mas destacou a sua "enorme teimosia e inflexibilidade" como limitações profissionais.

"A escolha do treinador é a decisão mais importante de qualquer estrutura profissional de futebol. Uma escolha com o perfil errado compromete a melhor estratégia", defendeu.

"Schmidt tem uma proposta de jogo interessante, que já deu bons resultados no Benfica, mas a sua enorme teimosia e inflexibilidade limita-o como profissional", criticou o confesso adepto benfiquista.

"Insiste em viver em negação, numa realidade paralela, recusando a ver o que toda a gente via, há muito tempo, e que nos levou aos resultados que levou. Um líder sem bom senso pode levar a resultados catastróficos e este foi o caso de Schmidt", rematou João Ferreira Queimado.

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