"A modalidade preferida neste momento dos benfiquistas é o assobio"

Este resultado não só garantiu os valiosos três pontos para a equipa encarnada, como também destacou a profundidade do plantel, sob a orientação do técnico Roger Schmidt, que fez várias mudanças significativas na equipa titular.

A vitória sobre o Moreirense foi particularmente relevante considerando o contexto em que ocorreu. O atual campeão nacional enfrentava críticas após uma vitória pela margem mínima sobre o Marseille, na primeira mão dos quartos de final da Liga Europa, onde os adeptos demonstraram a sua insatisfação com o desempenho da equipa e do treinador no final do encontro.

A atuação dominante dos encarnados frente ao conjunto de Moreira de Cónegos representou uma resposta positiva da equipa lisboeta às críticas recebidas.

Roger Schmidt optou por fazer várias alterações na equipa titular, o que revelou a profundidade do plantel e a capacidade de adaptação da equipa às diferentes circunstâncias.

"O plantel do Benfica tem qualidade e poderia, e deveria, ter sido melhor aproveitado", enfatizou antigo candidato à presidência dos encarnados.

No que toca ao panorama europeu, e apesar da vitória no encontro da primeira mão, a reação dos adeptos benfiquistas ao jogo contra o Marseille continua a gerar controvérsia e debate entre figuras do clube encarnado.

Neste sentido, Bruno Costa Carvalho, antigo candidato à presidência do Benfica, destacou a importância da união entre equipa e adeptos neste momento crucial da temporada.

Em declarações no podcast 'Carrega Benfica', da Rádio Nacional de Desporto, Carvalho salientou a qualidade do plantel benfiquista e sugeriu que a gestão de Schmidt poderia ter sido mais eficaz ao longo da época.

"Como ficou provado no jogo contra o (difícil) Moreirense, o plantel do Benfica tem qualidade e poderia, e deveria, ter sido melhor aproveitado. Neste momento, está na hora de união (não de assobios) e tentarmos ganhar a Liga Europa", começou por escrever o sócio das águias.

"Eu, pelo meu lado, sonho com uma final Benfica-Leverkusen. Talvez reminiscências daquele ano de 1994, em que arrancámos um glorioso empate 4-4 na Alemanha", disse ainda Bruno Costa Carvalho.

"O treinador não é culpado dos erros que alguns jogadores cometeram em campo"

Ora, sobre o encontro na Luz, que terminou com assobios à equipa e a Roger Schmidt, José Barão das Neves, também no podcast 'Carrega Benfica', afirmou não entender os apupos que vieram das bancadas da Luz, frisando que agora 'tornou-se moda assobiar'.

"Sobre o Marselha, vou-me alongar um bocadinho mais, porque... Primeiro, vou pegar exatamente naquilo que o Bruno disse, assobios. Eu não vi nenhum sócio do Benfica a dizer que estava a assobiar o treinador, havia e foi assobios à equipa toda no final do jogo", começou por destacar.

"Essa questão de dizer que estão a assobiar o treinador é fácil e é lamentável. O treinador não é culpado dos erros que alguns jogadores cometeram em campo, que foi o caso do António Silva, aos 67 minutos, que é inadmissível", observou.

"Acho que a modalidade preferida dos benfiquistas, ultimamente, é o assobio. Não há nenhuma modalidade onde o assobio não exista. E, portanto, tornou-se moda assobiar", disse ainda o conhecido sócio do Benfica.

Barão das Neves enfatizou ainda a importância do apoio dos adeptos nos momentos difíceis e criticou a falta de compreensão demonstrada por alguns setores da massa associativa.

"Mas no jogo do Marselha, assobiar daquela forma é lamentável, na minha opinião. Vi pessoas a exigir que os jogadores e treinadores respeitassem o clube. Mas eu acho que o respeito tem que ser mútuo", frisou Barão das Neves.

"As pessoas, se calhar, estavam a assobiar o treinador porque fez substituições aos 70 minutos e queriam que o treinador fizesse substituições aos 35 minutos. Penso eu que foi por causa disso", rematou o sócio das águias.