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FC Porto questiona se 'perdão' fiscal abrange dívida do «plano Mateus»

O administrador financeiro da FC Porto – Futebol, Sociedade Anónima Desportiva (SAD), Angelino Ferreira, questionou hoje se as dívidas ainda constantes do chamado “plano Mateus” estão abrangidas pelo ‘perdão’ fiscal aprovado pelo Governo.

FC Porto questiona se 'perdão' fiscal abrange dívida do «plano Mateus»
Futebol 365

“A questão que se coloca é saber se, realmente, a dívida incluída no 'plano Mateus' é susceptível de ser integrada no novo plano que aí vem”, explicou Angelino Ferreira, referindo-se à decisão tomada no Conselho de Ministros da semana passada.

O administrador da SAD do FC Porto lembrou que a "dívida que foi incluída no ‘plano Mateus’ foi uma dívida única de todos os clubes, que foi na altura negociada pela Federação [Portuguesa de Futebol] e pela Liga [de Clubes]".

“Se for, quem é que o poderá fazer? Serão as próprias entidades, a Liga e a Federação? Admito que os próprios clubes individualmente o possam fazer”, referiu Angelino Ferreira.

Em 1996, foi aprovado um decreto-lei 124/96, que permitia que os contribuintes com dívidas ao fisco e à Segurança Social regularizassem a sua situação, efetuando os pagamentos por um período de tempo alargado, que podia ir até um máximo de 150 prestações mensais.

O diploma, que acabou por ficar conhecido como 'plano Mateus', previa ainda que alguns créditos fossem reduzidos, mediante determinadas condições.

Na semana passada, o Governo aprovou um 'perdão' para contribuintes que tenham dívidas ao fisco e à Segurança Social, isentando-os de pagar juros de mora e compensatórios, custas administrativas e cobrando coimas mais baixas se aceitarem regularizar a sua situação.

De acordo com a informação disponibilizada no Portal do Governo, este 'perdão' fiscal, aprovado em Conselho de Ministros e que o Governo denomina de “regime excecional e temporário de regularização de dívidas fiscais e à Segurança Social”, vai permitir a isenção do pagamento de todos estes custos aos incumpridores que regularizarem as dívidas até dia 20 de dezembro deste ano.

O Governo diz que o objetivo deste 'perdão' fiscal é “dar aos contribuintes uma derradeira oportunidade de regularizar a sua situação tributária e contributiva, essencial para permitir o acesso aos fundos do novo quadro comunitário 2014-20”.

O executivo diz que este regime deverá também permitir o reequilíbrio financeiro dos devedores, “evitando situações de insolvência de empresas e permitindo a manutenção de postos de trabalho, bem como, no que às pessoas singulares respeita, permitir-lhes o acesso a um regime excecional de regularização das suas dívidas de natureza fiscal e à segurança social”.

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