O governo brasileiro apresentou um recurso para obrigar a operadora turística da FIFA a reduzir os preços cobrados pelos alojamentos para o Mundial de 2014, em alguns casos até 40 por cento superiores aos que negociou com os hotéis.
O recurso foi apresentado perante um órgão da defesa do consumidor do Ministério da Justiça contra a empresa suíça Match, operadora oficial da FIFA, e contra o próprio organismo que rege o futebol mundial, disse em entrevista à agência de notícias espanhola EFE o presidente do Fomento ao Turismo, Flávio Dino.
“Queremos que as taxas sejam reduzidas ou que ao menos fique claro aos compradores qual é a margem de lucro que obtém a Match com a operação”, afirmou o funcionário.
O presidente do Instituto Brasileiro do Turismo afirmou que esse organismo identificou uma diferença até 40 por cento entre o preço negociado diretamente com os hotéis e aquele que a Match pede aos adeptos que compram os pacotes que oferecem bilhetes para os jogos juntamente com o alojamento.
“Consideramos que as taxas de intermediário da Match são abusivas. Por isso pedimos que se abra uma investigação”, assegurou, acrescentando que a Match reservou cerca de 80 por cento dos quartos de hotéis de quatro e cinco estrelas nas 12 cidades sedes para o Mundial de futebol no período de competição.