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O governo brasileiro anunciou hoje a criação de uma comissão interministerial para fiscalizar os preços de passagens aéreas, hotéis e restaurantes, com a intenção de impedir abusos durante o Mundial de futebol de 2014.
"Não vamos estabelecer os preços, mas não permitiremos abusos", afirmou a ministra da presidência, Gleisi Hoffmann, que coordenará o trabalho da comissão, acrescentando que isso será essencial para a imagem do país.
A decisão foi tomada pela presidente Dilma Rousseff, depois de a imprensa brasileira ter denunciado que as tarifas dos voos entre o Rio de Janeiro e São Paulo, duas das 12 cidades sedes do Mundial, já aumentaram até 10 vezes para o período em que se realiza o evento.
“Vamos utilizar todos os instrumentos à disposição do Estado para garantir a defesa dos direitos do consumidor, seja ele brasileiro ou estrangeiro”, disse a ministra, esclarecendo que o governo não pode interferir na fixação dos preços, mas não vai consentir especulações.
Um estudo da Embratur, entidade estatal responsável pela promoção do turismo no Brasil, revelou que as tarifas dos hotéis no período do Mundial estão, em alguns casos, 583% acima dos preços habitualmente praticados na mesma altura deste ano.
A comissão coordenada por Hoffmann, que se reunirá pela primeira vez a 24 de outubro, será composta também por responsáveis dos ministérios dos Desportos, da Justiça, da Fazenda e da Saúde, bem como da Secretaria da Aviação Civil.
O Campeonato do Mundo de 2014 realiza-se entre 12 de junho e 13 de julho.
