As autoridades fiscais italianas entregaram hoje uma notificação ao ex-futebolista argentino Diego Maradona, na qual exigem 39 milhões de euros de dívidas fiscais contraída na década de 80.
De acordo com a imprensa italiana, os inspetores das finanças "apanharam" o ex-jogador argentino à saída de um hotel em Milão, quando Maradona se preparava para viajar para a capital italiana, onde assistirá hoje ao jogo entre a AS Roma e o Nápoles, a contar para a liga italiana.
O fisco italiano exige a Maradona o pagamento de 39 milhões de euros em imposto sobre o rendimento relativos à sua passagem como jogador pelo Nápoles, na segunda metade da década de 80.
Inicialmente, a dívida era de 13.000 milhões de liras (na altura a moeda italiana), mas a soma tem vindo a aumentar devido aos juros calculados sobre todo o período em que a dívida não foi saldada.
Maradona sempre argumentou que nunca tratou de assuntos fiscais, que nunca teve obrigação de o fazer e que quem tinha essa responsabilidade era o então presidente e proprietário do Nápoles, Corrado Ferlaino, a quem também acusa de não o ter avisado de nada.
São vários os episódios relacionados com tentativas das autoridades italianas de recuperar parte das dívidas fiscais de Maradona: em 2006, aproveitando outra visita do argentino a Itália, as autoridades financeiras confiscaram a Maradona um relógio Rolex avaliado em 11 mil euros.