Liga Campeões: Benfica perde com Olympiakos no reencontro com «São Roberto»

Em termos matemáticos, o “onze” de Jorge Jesus ainda pode sonhar com a possibilidade de jogar a final da Luz, mas a verdade é que as suas hipóteses são quase nulas e muito por culpa do seu ex-guarda-redes, o espanhol Roberto.

Se falhou na Luz, possibilitando que o Benfica empatasse, em Atenas, o “16” do conjunto grego esteve verdadeiramente sensacional, com mais de meia dúzia de defesas de enorme qualidade, que quase colocam o Olympiacos nos “oitavos”.

Os “encarnados” também têm que lamentar a sua falta de eficácia, ao não aproveitarem nenhuma das mais de 10 ocasiões claras para marcar, bem como o erro que esteve na origem do golo grego, apontado por Manolas, aos 13 minutos, após um canto.

Ainda assim, foi uma exibição claramente a fazer lembrar a época passada, pela forma como a equipa jogou e as muitas oportunidades de golo criadas, mas que nada valeu. Era mesmo um jogo decisivo e o Benfica dificilmente “fugirá” à Liga Europa.

Em relação ao triunfo de sexta-feira em Coimbra (3-0, para a I Liga), Jorge Jesus procedeu a três alterações, retirando Bruno Cortez (não está inscrito), Ivan Cavaleiro e Lima e fazendo entrar Sílvio, Ruben Amorim e Markovic.

Os “encarnados” alinharam, assim, com Maxi Pereira, Luisão, Garay e Sílvio, à frente de Artur, um meio-campo reforçado, com Matic e Ruben Amorim, mais recuados, e Enzo Perez, e um trio na frente, com Markovic e Gaitan, nos extremos, a apoia a Cardozo.

Face a um conjunto grego com Yatabaré e Saviola como novidades em relação ao jogo da Luz (1-1), o Benfica entrou personalizado e quase marcou duas vezes nos primeiros 10 minutos, em remates de Cardozo e Markovic, ambos superiormente detidos por Roberto.

A formação lusa falhou e, na resposta, aos 13 minutos, os gregos adiantaram-se no marcador, por Manolas, que surgiu a cabecear sem marcação à entrada da pequena área, depois de um canto marcado na esquerda por Holebas.

Depois do golo, o jogo ficou equilibrado, com o Benfica a ter mais dificuldades em criar perigo, o que só voltou a acontecer aos 27 minutos, numa bola parada, um canto marcado na esquerda por Gaitan, ao qual Luisão respondeu com um cabeceamento ao lado.

Na parte final da primeira metade, os “encarnados” voltaram a ficar por cima, mas pecaram, novamente, na finalização, como aconteceu a Markovic, aos 36 minutos, e Matic, aos 42, após passes perfeitos de Ruben Amorim e Gaitan, respetivamente.

O Benfica reentrou ainda mais forte e quase marcou nos instantes iniciais, só que, uma vez mais, Roberto levou a melhor sobre Markovic, novamente isolado. O espanhol voltou a brilhar perante Silvio (54 minutos) e Enzo Perez (58).

Como o passar dos minutos, a equipa lusa nunca “aceitou” que estava condenada a perder e continuou à procura do empate, com o suplente Djuricic – também entraram Lima, para o lugar do lesionado Cardozo, e Ivan Cavaleiro – a “esbarrar” também em Roberto, aos 78 e 88 minutos.

Já nos descontos, Leandro Salino ainda se isolou, a caminho do segundo tentos dos locais, mas já não teve forças. Era a segunda oportunidade dos gregos. O jogo acabou pouco depois, com o Benfica instalado na área contrária, mas sem conseguir marcar.