Paulo Pereira Cristóvão, antigo vice-presidente do Sporting, relembrou hoje a sua experiência como inspetor da Polícia Judiciária para afirmar que não gosta do "perfil" de Bruno de Carvalho, o atual presidente do clube.
"Não gosto do perfil da pessoa. Uma das minhas especialidades era fazer perfis. Faço o perfil a uma pessoa, mas isso não me impede de ter respeito institucional", disse Pereira Cristóvão, após a sessão de lançamento do seu novo livro, "444 Dias - É fraqueza entre ovelhas ser leão".
O antigo vice-presidente mantém-se crítico do atual presidente: "Eu disse e assumo no livro e prefiro dizê-lo, agora que o Bruno de Carvalho está numa maré positiva, que não gosto da pessoa. E ele também não gostará de mim".
No entanto, há que distinguir entre a pessoa e a figura istitucional, no seu entender: "Tenho o discernimento e a frieza para dizer que o Bruno de Carvalho é o presidente do Sporting, é o meu presidente, é a pessoa que está à frente do destino do meu grande amor, e como tal respeito a posição e a pessoa que ocupa a posição".
A última época, "miserável e vergonhosa", "envergonha-nos a todos como sportinguistas, baixou de tal forma o nível de expetativas que qualquer bom resultado nos faz exultar", disse.
"Entendo que até 2017 o Sporting tem um presidente e uma direção que foram legitimamente eleitos. Entendo que esta direção tem de cumprir o seu mandado até ao fim. O que os sportinguistas têm de fazer é apoiar esta direção, apoiar os jogadores e técnicos que envergam a nossa camisola", disse.
A propósito do novo livro, centrado nos dias em que foi dirigente "leonino", Paulo Pereira Cristóvão pretende "repor a verdade e documentá-la perante os sportinguistas, que viram um ex-dirigente seu ser vilipendiado ao longo de muito tempo".
"Entendi que deveria deixar este legado histórico e encerrar este capítulo da minha vida, da forma que vai perdurar", assumiu.