A seleção portuguesa de futebol apenas perdeu um dos 10 jogos no Grupo F europeu de apuramento para o Mundial de 2014, mas três empates, dois deles em casa, atiraram a formação das “quinas” para os “play-offs”.
Portugal terminou no segundo lugar - com menos um ponto do que uma Rússia que nem precisou de impressionar -, com apenas seis triunfos, isto tendo estado em desvantagem em metade dos jogos (cinco) e chegado ao intervalo a vencer em apenas em três.
Foi, em resumo, uma campanha pouco brilhante, com a equipa das “quinas”, salvando-se o mérito de inverter totalmente dois resultados, no Luxemburgo e na Irlanda do Norte, e, parcialmente outros dois, na receção aos irlandeses e em Israel.
A seleção viveu à imagem do “capitão” Cristiano Ronaldo, que, em oito jogos, só marcou quatro golos - um inédito “hat-trick” em Belfast e um tento no Luxemburgo - e viu outros tantos amarelos, que o afastaram dos jogos no Azerbaijão e com o Luxemburgo.
Na “ausência” do jogador do Real Madrid, destaque para os seis golos de Hélder Postiga e os quatro do central Bruno Alves, determinante nas bolas paradas, num coletivo que marcou os mesmos 20 tentos da Rússia, mas sofreu mais quatro (cinco contra nove).
Como é habitual, Paulo Bento raramente mexeu no “onze” de eleição, fazendo-o a maioria das vezes por problemas físicos ou castigos. Rui Patrício e João Moutinho foram os únicos totalistas (900 minutos) e Miguel Veloso também foi titular nos 10 jogos.
Os defesas João Pereira, Pepe, Bruno Alves e Fábio Coentrão, todos com oito jogos no “onze”, o médio Raul Meireles, com seis, e os avançados Ronaldo (oito), Nani (seis) e Postiga (nove) completaram o “onze” base.
As dificuldades lusas na qualificação surgiram logo a abrir, no Luxemburgo, que se adiantou 13 minutos, por Daniel da Mota. Cristiano Ronaldo (28) e Hélder Postiga (54) deram a volta ao resultado, mas não aconteceu a goleada do “costume”.
No jogo seguinte, Portugal recebeu e bateu o Azerbaijão por 3-0, mas só marcou o primeiro aos 63 minutos, pelo suplente Varela. A vitória apenas ficou definida nas cinco minutos finais, com tentos de Postiga e Bruno Alves.
Depois de duas vitórias, a equipa lusa “derrapou” na primeira jornada dupla, ao cair na Rússia (0-1), batida por um tento madrugador de Kerzhakov, e empatar a um na receção à Irlanda do Norte, salva aos 79 minutos por Postiga.
Seguiu-se Israel, onde um “milagroso” golo de Fábio Coentrão evitou uma derrota que poderia ter complicado em muito as contas para o segundo posto, isto num jogo em que Bruno Alves inaugurou o marcador e Postiga reduziu, após um “escandaloso” 1-3.
Sem Cristiano Ronaldo, “amarelado” em Telavive, o “onze” luso penou para vencer no Azerbaijão, onde triunfou por 2-0, com novo tento de Bruno Alves e o único do suplente Hugo Almeida.
A fechar 2012/2013, Portugal reentrou na luta pelo apuramento direto, ao vencer a Rússia por 1-0, materializado por Postiga, que, no jogo seguinte, na Irlanda do Norte, quase deitou tudo a perder ao ser expulso ainda na primeira parte.
Com a equipa lusa a perder por 2-1, já em plena segunda metade, Cristiano Ronaldo apareceu, finalmente, e, com o seu primeiro “hat-trick” pela seleção nacional, aos 68, 77 e 83 minutos, deu a volta ao jogo e selou novo triunfo (4-2).
Portugal precisava, então, de vencer em casa Israel para obrigar a Rússia a ter de ganhar, a fechar, no Azerbaijão, mas, com uma exibição descolorida, só conseguiu “empatar” Israel (1-1), também por culpa um erro a acabar de Rui Patrício.
No último embate, com tudo quase definido, a formação das “quinas” venceu o Luxemburgo por 3-0, mas só chegou aos golos – apontados por Varela, Nani e Postiga – frente a 10. Não deu para mais do que para chegar aos “play-offs”.
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