Portugal e o triste 'fado' de sofrer até ao fim

O mau hábito de sofrer até ao fim repetiu-se na corrida ao campeonato do Mundo de 2014, na qual a equipa lusa foi incapaz de justificar o favoritismo que lhe era atribuído, terminando no segundo lugar do Grupo F europeu de apuramento, atrás da Rússia.

Portugal tropeçou perante seleções teoricamente mais acessíveis, como Israel e a Irlanda do Norte, numa “poule” que integrava também o Luxemburgo e o Azerbaijão, tal como aconteceu nas campanhas de qualificação para o Mundial de 2010 e o Europeu de 2012, nas quais terminou atrás da Dinamarca.

A grande diferença relativamente a esses bem-sucedidos – ainda que sofridos – apuramentos está no valor do adversário que a equipa das “quinas” terá pela frente, uma seleção da Suécia impulsionada pelo génio de Zlatan Ibrahimovic. Os bósnios, desta vez, qualificaram-se diretamente.

Em 2010, Portugal começou de forma desastrada a qualificação, ao vencer apenas um dos primeiros cinco jogos (4-0 em Malta, na estreia), conquistando apenas seis pontos, em 15 possíveis.

Sob o comando técnico de Carlos Queiroz, a seleção lusa corrigiu a trajetória na reta final e chegou aos “play-offs”, decididos com dois triunfos tangenciais (1-0), em Lisboa e Zenica, com golos de Bruno Alves e Raul Meireles, respetivamente.

O cenário repetiu-se na corrida ao Europeu2012, com Agostinho Oliveira a substituir o suspenso Carlos Queiroz nos dois primeiros jogos, que se saldaram por um empate 4-4 na receção a Chipre e uma derrota por 1-0 na Noruega.

Queiroz acabou arredado e substituído por Paulo Bento, que se estreou como selecionador com uma vitória por 3-1 em casa sobre a Dinamarca.

Foi a primeira de cinco vitórias consecutivas, mas Portugal acabou por não evitar os “play-offs”, já que a fechar, perdeu por 2-1 na Dinamarca.

A Bósnia-Herzegovina voltou a cruzar-se no caminho da equipa lusa e, desta vez, a formação das “quinas” começou em Zenica, onde arrancou um empate a zero.

No Estádio da Luz, onde sexta-feira recebe os suecos, Portugal garantiu, depois, um lugar no Euro2012, ao golear os bósnios por 6-2, com “bis” de Hélder Postiga, outro de Cristiano Ronaldo e golos de Nani e Miguel Veloso.