O Benfica igualou hoje o provisoriamente o FC Porto na liderança da I Liga portuguesa de futebol, ao receber e vencer o Sporting de Braga por 1-0, no jogo inaugural da 10.ª jornada.
O Benfica venceu hoje o Sporting de Braga por 1-0, em encontro da 10ª jornada da I Liga de futebol, graças a um momento de inspiração de Matic, depois de um erroa fatal de Mauro.
O médio defensivo do Sporting de Braga até estava a fazer um grande jogo, mas, aos 73 minutos, perdeu uma bola em zona proibida para Matic, que teve o mérito de saber aproveitar esse deslize com um remate cruzado na área e fora do alcance de Eduardo.
O Benfica sentiu muitas dificuldades para levar de vencido o Sporting de Braga, desde logo pela qualidade do adversário, que esteve irrepreensível em termos de organização defensiva, defendendo com duas linhas muito próximas, bloco baixo, compacto, que raramente se desfez ou oscilou, numa marcação zonal extremamente eficaz.
Acresce, ainda, que o Sporting de Braga, que criou a única oportunidade de golo na primeira parte, aos 13 minutos, com Éder a rematar à barra de Artur, quando ganhava a bola e saia a jogar, pela qualidade dos seus jogadores, conseguia iludir a pressão alta que o Benfica exercia no primeiro momento de perda de bola.
A equipa “encarnada” envolveu sistematicamente sete, oito unidades no seu processo ofensivo, mas nos primeiros 45 minutos criou um único lance de perigo, aos 37, na sequência de um lance de bola parada, que culminou com um remate de Matic no coração da área, ao lado da baliza.
Com efeito, o Benfica raramente foi capaz ao longo do jogo de disposicionar a defesa bracarense, que teve nos seus dois centrais, Santos e Nuno André Coelho, dois esteios que dominaram os lances aéreos de forma autoritária, em particular na primeira parte em que o ataque “encarnado” privilegiou os corredores.
Os laterais Silvio, em noite infeliz, e Siqueira foram quase extremos, levando Markovic e Gaitán a pisar terrenos interiores, tendo o Benfica insistido em cruzamentos para a área adversária, onde os centrais bracarenses mandaram perante a ausência da referência atacante dos anfitriões (Cardozo).
Ao mesmo tempo, com Gaitán e Markovic a caírem para terrenos interiores, onde já pisavam Enzo Pérez, Djuricic e até Lima, muito móvel, onde se concentravam também Ruben Micael, Mauro, Luiz Carlos, Santos e Nuno André Coelho, o congestionamento nessa zona roubava espaços para o Benfica criar situações de golo.
Por outro lado, houve alguns jogadores do Benfica em sub-rendimento, à cabeça dos quais Djuricic, que passou literalmente ao lado do jogo, mas o seu compatriota Markovic voltou a evidenciar que não se sente confortável a jogar junto à linha, e Lima transparece clara falta de confiança.
Na segunda parte, Jesualdo Ferreira não mexeu no “onze”, visto que o plano estava a funcionar em pleno, só faltando um pouco mais de eficácia nas transições ofensivas, enquanto Jesus decidiu dar mais uma oportunidade ao apagadíssimo Djuricic, que viria a substituir aos 59 minutos, por Rodrigo.
O Benfica alterou um pouco a estratégia, privilegiando menos o jogo pelos corredores e optando por tentar romper pelo meio e com a bola rasteira ou em lançamentos para as costas da defesa bracarense para aproveitar as diagonais de Markovic e Gaitan.
Aos 50 minutos, uma diagonal do sérvio resultou em cheio, isolando-o na área frente a Eduardo, mas aquele dominou mal a bola e desperdiçou oportunidade soberana.
O jogo estava complicado para o Benfica, porque o Sporting Braga mantinha-se compacto e a ter o controlo do jogo, além de se mostrar cada vez mais afoito nas saídas para o ataque. Seguiu-se a cartada Ivan Cavaleiro, sacrificando Markovic, na esperança de que o jovem “encarnado” pudesse mexer com o jogo e fazer a diferença.
Ora, o fator desequilibrador da partida acabou por ser Matic, que até fez uma exibição global modesta, não vivendo momento alto de forma, mas no momento decisivo disse presente e fez a diferença num rasgo individual.
O Sporting de Braga fez uma exibição conseguida em termos coletivos, mas acabou por pagar um preço demasiado alto por um erro individual, de um jogador que até estava a realizar uma boa exibição.
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