O técnico português Paulo Torres rubricou hoje com o governo de transição da Guiné-Bissau um contrato de três anos como selecionador de futebol do país, disse à agência Lusa, o diretor-geral dos Desporto guineense, José da Cunha.
O salário do técnico não foi revelado, mas José da Cunha adiantou que Paulo Torres vai ter um adjunto português e outro guineense para desenvolverem um trabalho de base desde as camadas de formação (sub-17) até à seleção principal.
"A ideia é começar de base até ao topo. Não vamos pedir títulos ao Paulo Torres, apenas esperamos que desenvolva um trabalho com consistência", disse o diretor-geral do Desporto guineense.
Em declarações à imprensa após a assinatura do contrato, o novo selecionador de futebol da Guiné-Bissau prometeu trabalhar com as condições que lhe foram oferecidas pelas autoridades e que vai residir no país.
"Assino este contrato de coração e com grande orgulho", afirmou Paulo Torres, que prometeu dedicar-se ao máximo pela causa de um país que diz admirar e onde se sente como se estivesse em casa.
O treinador português diz que vai trabalhar para potenciar os jogadores guineenses que, na sua opinião, são como "um diamante por lapidar".
Paulo Torres promete apresentar um projeto em breve e garante ainda que vai dirigir uma seleção próxima do povo.
O novo selecionador de futebol da Guiné-Bissau acrescenta que não vai privilegiar os estágios da seleção fora do país, tal como tem sido hábito.
Paulo Torres, 41 anos, é o quarto treinador português a orientar a seleção de futebol da Guiné-Bissau depois de Guilherme Farinha, na década de 1990, Luís Norton de Matos e Carlos Manuel, que orientou "os Djurtus" uma única vez, num jogo contra os Camarões.
Há mais de um ano que a Guiné-Bissau estava sem selecionador depois de Luís Norton de Matos ter deixado o comando técnico, já que Carlos Manuel apenas fez um jogo com as cores guineenses.