O presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), Joaquim Evangelista, disse hoje acreditar que o extremo Paulo Sérgio pode ser reintegrado no Arouca, clube da I Liga portuguesa.
O futebolista está suspenso há um mês pelo Arouca, sendo que agora, com ajuda do SJPF, vai responder à nota de culpa apresentada.
Sem especificar quais as acusações ao atleta referidas na nota de culpa, Joaquim Evangelista revelou, em declarações à agência Lusa, apenas “que os factos imputados não conduzem ao despedimento”.
Por isso, Evangelista acredita que “o sindicato pode servir de plataforma de entendimento” para que o atleta possa ser reintegrado no plantel arouquense.
Depois de ter recebido a nota de culpa enviada pelo clube, o sindicato vai responder, ainda esta semana, e depois o clube terá um prazo de 30 dias para decidir o que deverá ser feito.
“O Paulo Sérgio é um profissional querido por todos – aliás, recebeu manifestações de solidariedade por parte dos colegas –, respeitado, uma das maiores apostas do clube”, disse Joaquim Evangelista.
Para o presidente do sindicato, o clube tem vantagem em chegar a um acordo até porque “se o caso chegar a tribunal o clube pode ficar prejudicado”.
“As coisas devem ser tratadas com alguma elevação. O presidente do Arouca é uma pessoa de bom senso e o sindicato tem um excelente relacionamento com o Arouca”, revela.
Também Marco Oliveira, advogado do avançado, avalia os dirigentes do Arouca como “pessoas de bem”, lembrando que “Paulo Sérgio tem um percurso imaculado e as pessoas do Arouca também”.
Ainda assim, o advogado tem dúvidas sobre a integração do jogador na equipa, mas garante que “seria bom para todas as partes que se chegasse a um acordo até final de dezembro”.
Tanto o advogado como o presidente do sindicato atestam que Paulo Sérgio quer cumprir o contrato, mas Evangelista avisa igualmente que “o jogador não quer ficar onde não se sente querido”.
Paulo Sérgio remete-se, para já, ao silêncio, não prestando declarações à imprensa.