O líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, considerou hoje que Eusébio "uniu portugueses e moçambicanos" através da "alegria" do futebol, e que o seu exemplo deve ser usado para impulsionar o desporto no país.
"Neste momento de dor e luto, gostaria de endereçar as condolências à família portuguesa e moçambicana, porque, afinal de contas, o Eusébio conseguiu com o futebol unir os dois povos, tornando-nos todos alegres com o seu futebol", disse à agência Lusa Daviz Simango.
Para o líder do MDM, terceira maior força política de Moçambique, o legado de Eusébio deve ser usado para impulsionar e motivar a prática desportiva em Moçambique, junto das camadas jovens.
"É importante divulgar as obras de Eusébio, porque há muitas gravações, testemunhos de pessoas vivas que conviveram e jogaram com ele", afirmou Simango, acrescentando que estes registos vão "inspirar os jovens moçambicanos".
"O Eusébio é uma referência obrigatória para os africanos que gostam de futebol", considerou.
Daviz Simango, atual presidente da cidade da Beira, endereçou ainda agradecimentos às autoridades portuguesas "pelos esforços que estão a empreender na cerimónia fúnebre" do antigo jogador do Benfica.
Eusébio da Silva Ferreira morreu no domingo, às 04:30, vítima de paragem cardiorrespiratória.
O "Pantera Negra" ganhou a Bola de Ouro em 1965 e conquistou duas Botas de Ouro (1967/68 e 1972/73). No Mundial de Inglaterra, em 1966, foi considerado o melhor jogador e foi o melhor marcador, com nove golos, levando Portugal ao terceiro lugar.
Eusébio nasceu a 25 de janeiro de 1942 em Lourenço Marques (atual Maputo), em Moçambique.
O corpo do antigo jogador de futebol Eusébio está em câmara ardente no Estádio da Luz, porta 1 (acesso pela porta 11), desde as 17:30 de domingo, com a missa a realizar-se hoje, às 16:00, na Igreja do Seminário no Largo da Luz, após o que o corpo segue para o cemitério do Lumiar, onde o funeral se realiza às 17:00.