O Governo português associou-se hoje ao voto de pesar da Assembleia da República, assinado por todos os partidos, pela morte do antigo futebolista Eusébio, que morreu no domingo.
"Eusébio da Silva Ferreira ganhou a eternidade. Deixou-nos a marca de um talento sem par, a memória da simplicidade e da humildade própria dos grandes homens e o estímulo do seu exemplo", diz o voto de pesar que foi lido antes de um minuto de silêncio feito no parlamento.
O Governo esteve representado pelo ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, e pelo secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro, numa ocasião em que também a família mais próxima de Eusébio e o presidente do Sport Lisboa e Benfica (SLB), Luís Filipe Vieira, marcaram presença.
Também presentes nas galerias do parlamento estiveram o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, e o presidente da Liga de Clubes, Mário Figueiredo.
"Às incomparáveis qualidades desportivas, Eusébio acrescentava as características humanas que fizeram dele uma referência afetiva para todos nós: rosto de diversas campanhas humanitárias e solidárias, homem de uma naturalidade genuína e de um entusiasmo contagiante", é dito no voto de pesar.
Eusébio da Silva Ferreira morreu no domingo, às 04:30, vítima de paragem cardiorrespiratória.
O "Pantera Negra" ganhou a Bola de Ouro em 1965 e conquistou duas Botas de Ouro (1967/68 e 1972/73). No Mundial de Inglaterra, em 1966, foi considerado o melhor jogador e foi o melhor marcador, com nove golos, levando Portugal ao terceiro lugar.
Eusébio nasceu a 25 de janeiro de 1942 em Lourenço Marques (atual Maputo), em Moçambique.
"Eusébio foi, Eusébio é embaixador de Portugal; um dos grandes da nação: irrepetível, marcante e incontornável", diz o voto de pesar hoje lido na Assembleia da República.