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Evangelista: «Excesso de estrangeiros pouco dignifica Benfica e FC Porto»

O presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), Joaquim Evangelista, considerou hoje pouco dignificante o facto de FC Porto e Benfica estarem entre os clubes europeus onde jogam mais estrangeiros, ao contrário do Sporting, agora mais nivelado.

Evangelista: «Excesso de estrangeiros pouco dignifica Benfica e FC Porto»
Futebol 365

O dirigente sindical, em declarações à agência Lusa, afirmou que o “estudo demográfico” divulgado pelo Observatório do Futebol “não surpreende, pois já é assim há alguns anos”.

Segundo os dados dos investigadores do organismo suíço, hoje divulgados pela Lusa, os clubes portugueses estão entre os que menos apostam em jogadores da formação e mais de metade dos futebolistas da I Liga são estrangeiros.

“Não dignifica FC Porto e Benfica, os clubes nesse ranking”, disse Evangelista, confrontado com o segundo lugar dos “dragões”, atrás do Inter de Milão, e o oitavo dos “encarnados”, com a mesma percentagem da Fiorentina e logo a seguir ao Chelsea, de José Mourinho.

Para o dirigente, “isto revela que Benfica e FC Porto continuam a apostar massivamente em jogadores estrangeiros, o que é errado, pois não defende o jogador português e pode condenar, a prazo, os próprios clubes”.

Ao contrário, o Sporting, segundo dados do SJPF, terminou a primeira volta da atual época mais nivelado na utilização de portugueses e estrangeiros (sete “contra” sete), por comparação com Benfica (12-2) e FC Porto (11-3).

“A base do Sporting já é igual, o que traduz uma inversão, com o pormenor de que está a lutar pelo título, com resultados desportivos à semelhança dos seus rivais. Um sinal de que é possível ter uma base de formação e competir [ao mais alto nível]”, disse Joaquim Evangelista.

O presidente do Sindicato dos Jogadores defende ações de “discriminação positiva”, concertadas com a Federação Portuguesa de Futebol e outras instâncias, nomeadamente do Estado, “para que os clubes apostem mais na formação e obtenham benefícios de natureza fiscal ou de segurança social, por exemplo”.

“Os clubes também deviam ter essa preocupação. Nomeadamente os grandes, que também evocam a formação quando lhes interessa, ao contrário dos dados”, concluiu.

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