Vários bens móveis do Sport Clube Vianense e de quatro dirigentes foram hoje alvo de penhora no âmbito da execução lançada por uma instituição bancária que reclama o pagamento de um empréstimo, em atraso, que ronda os 300 mil euros.
Fonte ligada a este processo de penhora explicou à Lusa que em causa está um empréstimo de 286 mil euros (acrescido de juros), contraído pela direção do Vianense em 2011 mas cujas prestações mensais, devido às conhecidas dificuldades financeiras do centenário clube de Viana do Castelo, deixaram de ser pagas no ano passado.
Relativamente ao valor do empréstimo concedido, a direção liquidou, nos dois primeiros anos, cerca de 20 mil euros, pagando ainda mais de 80 mil euros em juros.
Devido ao incumprimento das prestações mensais, o banco avançou hoje com uma ação de penhora dos bens móveis da instituição e dos quatro atuais dirigentes que foram avalistas deste empréstimo.
A mesma fonte precisou à Lusa que apesar de realizada a penhora, os bens em causa não foram retirados da sede do clube e das casas dos dirigentes, mantendo-se à guarda destes.
Contactada pela Lusa, fonte da direção do Vianense disse apenas estranhar esta ação de penhora, tendo em conta que a sede da instituição, um edifício histórico no centro da cidade de Viana do Castelo, está hipotecada ao abrigo deste empréstimo e terá um valor superior ao reclamado.
Além disso, segundo a mesma fonte, a direção apresentou no final de 2013 um novo plano de regularização dos pagamentos em atraso, o qual "nunca teve resposta" por parte da instituição bancária.
Fundado em 1898, o Sport Clube Vianense é o maior clube desportivo do concelho de Viana do Castelo e já conquistou cerca de duas dezenas de títulos no futebol, modalidade em que disputa vários campeonatos, incluindo nacionais, nas diferentes faixas etárias.
As eleições para os órgãos sociais do clube estão agendadas para o próximo dia 28 de fevereiro.