A manifestação de sábado contra o Mundial2014 em São Paulo resultou em sete feridos e 230 detidos, o maior número de detenções em protestos, escreve a imprensa brasileira.
O protesto contou com cerca de 1.200 participantes, segundo a polícia, e terminou com cenas de vandalismo e confrontos entre ativistas e polícias no centro de São Paulo.
Segundo a polícia militar, cerca de 230 suspeitos de vandalismo foram detidos, depois da atuação dos integrantes do pelotão ninja, grupo de policiais especializados em artes marciais que vai ao protesto sem armas de fogo e com a função de separar da multidão pessoas suspeitas.
A Folha de São Paulo diz que foi o primeiro protesto que contou com a participação deste pelotão e explica que os agentes cercaram as pessoas que vinham imediatamente atrás de onde estava a maioria dos mascarados, deixando isolados os 'black blocks', manifestantes radicais que cobrem o rosto e provocam distúrbios nos protestos.
A nova estratégia da polícia militar era apoiada pela Tropa de Choque e por um helicóptero, escreve por seu lado o Estadão.
Pelo menos dois manifestantes e cinco polícias ficaram feridos, segundo a polícia.
A manifestação começou ao fim da tarde e seguiu pacífica por duas horas, mas depois, segundo a Polícia Militar, um grupo de pessoas dispersou-se, caminhou para o centro de São Paulo e vandalizou agências de bancos e telefones públicos.
A polícia reagiu com bombas de gás para dispersar o grupo. Segundo o ‘site’ de notícias G1, alguns manifestantes usaram pedaços de madeira para partir caixas multibanco.
A manifestação, convocada pela Internet, contou com a presença de movimentos sociais, partidos políticos e participantes independentes, e pretendia criticar tanto os gastos públicos com o campeonato mundial de futebol deste ano, que decorre no Brasil, como a falta de obras estruturais que ficarão como legado para o país.