Dirigentes do desporto de Moçambique evocaram a memória de Mário Coluna, o antigo capitão do Benfica e da seleção portuguesa de futebol, que hoje morreu em Maputo, considerando-o um dos símbolos do país.
"Mário Coluna foi sempre embaixador do desporto de Moçambique", disse o antigo ministro da Juventude e Desporto Joel Libombo, numa primeira reação aos jornalistas, logo após ser conhecida a morte do futebolista.
Libombo destacou a parte "humana e patriótica" de Mário Coluna, que, em Moçambique, foi selecionador nacional e presidente da federação da modalidade.
"Ele é muito mais do que nós possamos dizer", referiu o antigo ministro da Juventude e Desporto.
O biógrafo do "monstro sagrado", o jornalista Renato Caldeira, assinalou que Coluna "era um indivíduo com um cariz muito próprio, que teve vários dissabores ao longo da vida" e recordou uma "ovação de 10 minutos" num estádio açoriano durante um jogo Portugal-Moçambique.
Idêntica memória foi escolhida por Feizal Sidat, atual presidente da Federação Moçambicana de Futebol, que recordou como "Platini e Blatter, quando viam Mário Coluna, logo se aproximavam dele, contando que o tinham visto jogar aqui e ali", durante a sua carreira.
"Este homem foi bastante humilde, nunca o vi insatisfeito. Vamos aprender muito com ele", disse Sidat, falando nos estúdios da TVM (Televisão de Moçambique)
Hoje, horas antes da sua morte, o presidente moçambicano, Armando Guebuza, deslocou-se ao Instituto do Coração, onde o futebolista estava hospitalizado desde o último domingo.