A UEFA anunciou hoje ter lançado uma investigação a 76 clubes participantes nas Ligas dos Campeões e Europa de futebol, para averiguar o eventual incumprimento das regras de "fair-play" financeiro, cujo resultado será divulgado em abril.
Os clubes investigados, entre os quais poderão estar, segundo a agência espanhola EFE, os ingleses Manchester City e Chelsea e os franceses París Saint-Germain e Mónaco, apresentaram dados que podem refletir incumprimentos das normas de "fair-play" financeiro aprovadas em 2012 e que visam impedir gastos superiores à receitas geradas.
A UEFA solicitou aos clubes a apresentação das suas contas relativas a 2013, de forma a que o comité de controlo financeiro possa verificar os dados e aplicar eventuais sanções.
O secretário-geral da UEFA, Gianni Infantino, declarou, durante um encontro com a imprensa em Nyon, Suíça, que as regras estabelecidas em matéria de "fair-play" são necessárias para "proteger o futebol de gastos imprudentes e da insensatez financeira".
As normas aprovadas em 2012 contemplam diversos tipos de sanção para os casos de incumprimentos, que pode ir desde a simples admoestação, até à exclusão do clube das competições e a retirada de títulos.
O pagamento de multa, a redução de pontos, a exclusão da partilha de benefícios e a proibição de inscrição de novos jogadores são outros dos possíveis castigos, os quais são aplicados pela UEFA para "melhorar a saúde económica dos clubes".
No caso de haver sanções, a sua aplicação aplicar-se-á apenas na próxima temporada.
O regulamento de "fair-play" financeiro obriga os clubes a provar que os seus pagamentos estão em dia e estabelece tetos para os gastos anuais, dos quais são, contudo, excluídos os investimentos em estádios e instalações de treino.
Para as temporadas de 2013/14 e 2014/15, o limite é de 45 milhões de euros. Nas épocas de 2015/16 a 2017/18 o teto é de 30 milhões.