Comentário: João Pedro Galvão brilha na goleada do Estoril ao Olhanense

O resultado espelha bem a falta de qualidade futebolística dos "algarvios", que apenas por uma vez criaram perigo, já na segunda parte, quando Paulo Sérgio, com um centro largo tentou enganar o guarda-redes Vagner, que defendeu para canto.

Privado de Filipe Gonçalves, castigado, Sebá, Gonçalo Santos e Rúben Fernandes lesionados, o Estoril-Praia sofreu uma nova contrariedade ainda antes do jogo começar. Carlitos, que estava convocado à condição, não recuperou do traumatismo no joelho sofrido no final do treino de sexta-feira.

Baixas estas que não foram aproveitadas pelo Olhanense - que também não podia contar com Rui Duarte e Regula, lesionados, e Obodo, castigado -, percebendo-se desde cedo que os "canarinhos" não iriam deixar escapar a vitória.

Aos 10 minutos, Balboa viu bem a diagonal traçada por Babanco para a área, serviu o cabo-verdiano, que desviou a bola de Belec. O defesa central Mladen tentou o impossível, cortar a bola, mas o melhor que conseguiu fazer foi "confirmar" o golo.

Sem conseguir lançar-se para o ataque, o Olhanense, assente em 4x2x3x1, permitiu que os "canarinhos" jogassem da forma que mais gostam. A controlar a bola, fazendo triangulações à entrada da área, para que os extremos penetrassem nas alas e criassem desequilíbrios na cara do guarda-redes.

Aos 44 minutos, João Pedro Galvão ampliou a contagem, de pé esquerdo, num remate cruzado, após assistência de Evandro. O médio brasileiro "inventou" o lance. Pegou na bola no meio-campo, arrancou em direção à baliza algarvia e, quando se pensava que ia rematar, abriu para à esquerda e colocou a bola mesmo a jeito de João Pedro Galvão, livre da marcação de Luís Filipe.

Ao intervalo, Giuseppe Galderisi aproveitou para corrigir algumas lacunas, fez entrar Vojtus, para o lugar de Femi Balogun, e aos 47 minutos, por muito pouco, Paulo Sérgio não reduziu a diferença. O atacante, com um centro largo, ia enganando Vagner, mas o guardião conseguiu dar um ligeiro toque na bola e evitar o golo.

Mesma sorte já não teve Belec, aos 62 minutos. O guarda-redes esloveno, emprestado pelo Inter de Milão, foi incapaz de contrariar João Pedro Galvão, que rematou cruzado, na cabeça da pequena área, após nova assistência de Evandro.

Sem discernimento, nem moral, o Olhanense voltou a falhar o golo. Dionisi conseguiu acertar no poste, aos 65 minutos, e, na recarga, Mehmeti, que tinha entrado para o lugar de Pelé, permitiu a defesa a Vagner.

Até ao final, o treinador do Estoril-Praia, Marco Silva, aproveitou para dar minutos de jogo a Anderson Luís e "estreou" Ricardo Vaz, ex-junior do clube, aos 82 minutos, na I Liga.

Uma estreia que ficará marcada na memória deste jovem, de 19 anos, já que, aos 89 minutos, "arrancou" uma grande penalidade a Sampirisi e, na conversão do castigo máximo, "selou" o resultado.