Humberto Coelho diz que é preciso cativar mais mulheres para o futebol

"Apesar de sermos um país pequeno, queremos abrir as mulheres para o gosto da prática de futebol", defendeu, sublinhando que quanto mais praticantes houver "mais desenvolvimento vai haver na modalidade", exemplificando o caso da Suécia, onde existem 86 mil praticantes.

Aquele responsável falava aos jornalistas à margem do II Seminário Internacional de Futebol Feminino, que decorre entre hoje e domingo num hotel em Albufeira, onde foi apresentado um estudo da federação que é a base para traçar um plano estratégico de ampliação da modalidade.

De acordo com Mónica Jorge, diretora da federação para o futebol feminino, o estudo, que aponta seis programas de desenvolvimento para a modalidade, resulta de vários meses de trabalho, durante os quais foram feitas entrevistas e inquéritos a agentes do futebol feminino.

"A investigação está feita e agora vamos ouvir novamente os intervenientes para saber que caminhos tomar", afirmou, sustentando que a federação não vai trabalhar sozinha, mas sim em colaboração com os clubes, associações desportivas e agentes do desporto escolar.

Mónica Jorge acrescentou que as conclusões do estudo não estão ainda validadas e que se antevê um processo longo até que as propostas finais sejam implementadas no terreno.

"É um projeto a médio e longo prazo, que ainda vai levar alguns anos", concluiu, sublinhando que a apresentação do estudo coincidiu propositadamente com a realização da Algarve Cup, por ser o "momento mais alto" do futebol feminino em Portugal.

Até quarta-feira, disputa-se no Algarve a XXI Algarve Cup, a terceira prova mais importante do futebol feminino a nível mundial.

Depois de uma vitória, frente à Áustria, e de uma derrota, com a Rússia, a seleção portuguesa prepara-se agora para jogar na segunda-feira contra a Coreia do Norte, no Estádio Algarve.