O Benfica realizou hoje uma categórica exibição em Londres, coroada com um histórico triunfo por 3-1 sobre o Tottenham, que deixa o conjunto de Jorge Jesus muito perto dos quartos de final da Liga Europa.
O “capitão” Luisão foi a grande figura dos “encarnados”, ao marcar dois golos, aos 58 e 83 minutos, também numa grande noite do internacional luso Ruben Amorim, que fez duas assistências, a primeira para Rodrigo inaugurar o marcador, aos 29.
Um livre superiormente apontado pelo dinamarquês Christian Eriksen, aos 64 minutos, foi o único momento do conjunto de Tim Sherwood, completamente manietado por um Benfica que defendeu como habitualmente e foi sempre muito perigoso em contra-ataque.
O segundo tento sofrido em 17 encontros não evitou, porém, o nono triunfo consecutivo e o 24.º jogo seguido sem perder: desde o 0-1 em Atenas, com o Olympiacos, os “encarnados” venceram 22 vezes e cederam apenas duas igualdades.
Para a história fica o segundo 3-1 londrino, depois da vitória pelo mesmo resultado sobre o Arsenal, em 1991/92, e a quarta vitória em Inglaterra, onde o Benfica também havia batido por 2-0 Liverpool (2005/2006) e Everton (2009/2010).
Em relação ao embate de domingo com o Estoril (2-0), Jorge Jesus procedeu a quatro alterações, trocando Maxi Pereira, Enzo Perez, Gaitan e Lima por Sílvio, Ruben Amorim, Sulejmani e Cardozo, sendo que Salvio, engripado, ficou fora dos 18.
Por seu lado, Tim Sherwood trocou três “peças” em relação ao “onze” goleado no sábado por 4-0, no reduto do vizinho Chelsea, com as entradas de Paulinho, Eriksen e Kane para os lugares de Dawson, Bentaleb e Sigurdsson.
O jogo começou com grande equilíbrio e disputado muito longe das balizas, com o primeiro remate a surgir apenas aos 15 minutos, quando, em posição frontal, Sandro atirou muito por cima.
Motivado, ou não, por esse lance, o Tottenham assumiu o comando do jogo, mas raramente conseguiu colocar em sobressalto a defesa dos “encarnados”, liderada pelo “capitão” Luisão, e o Benfica começou a ter mais espaço para colocar o contra-ataque.
O último passe foi falhando, sucessivamente, mas, aos 29 minutos, Ruben Amorim conseguiu mesmo, com um passe fantástico, isolar Rodrigo, que rumou até à área e, à saída de Lloris, rematou colocado, fazendo a bola entrar rasteira junto ao poste direito.
Em vantagem, o Benfica ganhou ainda mais tranquilidade e foi ameaçando meter mais um contra-ataque, enquanto o Tottenham, muitas vezes à “antiga” inglesa, com sucessivos lançamentos para a área, foi tentando, sem sucesso, criar perigo.
Aos 49 minutos, os londrinos construíram, finalmente, uma ocasião de golo, com Adebayor a surgir isolado na área, mas a rematar muito torto, para, logo na resposta, Cardozo isolar Rodrigo, que falhou o “chapéu” a Lloris.
O Tottenham ainda voltou a tentar, num remate de Lennon, só que foi o Benfica a aumentar a vantagem, à custa da sua pressão alta: Ruben Amorim ganhou a bola e rematou para boa defesa de Lloris, para, no respetivo canto, colocar a bola na cabeça de Luisão, que voltou a marcar, aos 58 minutos.
A vantagem de dois golos não durou, no entanto, muito tempo, pois, seis minutos volvidos, aos 64, o dinamarquês Christian Eriksen marcou de forma impecável um livre direto, muito perto da área, a castigar uma falta de Sílvio.
O golo dos londrinos não afetou o Benfica, que continuou a jogar da mesma forma e ameaçou o terceiro aos 74 minutos, numa falha do guarda-redes local, quase aproveitada por Rodrigo.
A ameaça foi concretizada aos 83 minutos: Gaitan, que entrara juntamente com Enzo Perez, marcou um livre na esquerda, Lloris defendeu um cabeceamento de Garay, mas, na recarga, Luisão “fuzilou” de pé direito, conseguindo um improvável “bis”.
Até ao final, ainda foi o Benfica que esteve mais perto de novo golo, nomeadamente na última jogada, quando Siqueira, isolado por Gaitan, não conseguiu bater o guardião gaulês.
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