O passivo acumulado da Liga Portuguesa de Futebol Profissional pode estar perto dos cinco milhões de euros, admitiu hoje o presidente da Académica, José Eduardo Simões.
"Porque é que um orçamento com um buraco conjunto já de mais de quatro milhões de euros tem aumentos em marketing e outros de 1,4 milhões de euros? E 500 e 600 mil euros em custos de outras despesas não identificadas? São coisas absurdas. Eu teria vergonha de levar um orçamento destes a assembleia-geral", criticou.
O dirigente admitiu que, já com o défice da corrente época, o passivo da Liga estará "muito próximo dos cinco milhões de euros", situação que o seu homólogo do Estoril, Tiago Ribeiro, já tinha apontado como "falência técnica".
José Eduardo Simões critica a "falta de transparência, de explicações e clareza" do presidente da Liga, Mário Figueiredo, considerando "estranho" este apenas conhecer os valores de dois contratos, com a Santa Casa da Misericórdia e Olivedesportos, em contencioso judicial.
"(É uma gestão) Muito incapaz, inepta. Já todos entenderam que a pessoa em causa está absolutamente apegada ao cargo, sem querer sair e perceber que, de facto, já não está a fazer nada", lamentou, acusando Mário Figueiredo de agir "como se o dinheiro jorrasse a rodos".
Entre outros assuntos, a assembleia-geral que agora decorre serve para apreciação e deliberação sobre o relatório e contas relativo à época desportiva 2012-2013, bem como a apreciação e deliberação sobre o orçamento ordinário relativo à época desportiva 2013-2014, que no conselho de presidentes mereceu reprovação.
O FC Porto está representado por Pinto da Costa, o Benfica por Luís Filipe Vieira e o Sporting pelo vice-presidente Vítor Ferreira.