Clubes chumbam números de Mário Figueiredo e querem a sua demissão

"Não há mais governabilidade na Liga com este cenário. Algo tem de ser feito. Se é por iniciativa própria dele (Mário Figueiredo), vamos ver", disse Tiago Ribeiro, presidente do Estoril.

As contas foram reprovadas em Assembleia-Geral por 30 votos, sendo que houve três abstenções e apenas 10 a favor: quanto ao orçamento, foi chumbado por 31, contou com oito a favor e três abstenções.

"Como era de esperar, não aprovamos o que esta gestão danosa da Liga tem feito. Infelizmente, chegámos até este ponto, no limite. Agora vamos ver os próximos passos, ver como se comporta o presidente da Liga. Se se vai demitir ou não. A situação é insustentável. A Liga não tem orçamento para trabalhar, as contas não estão aprovadas. Ele tem de se manifestar", vincou.

Tiago Ribeiro revelou que Mário Figueiredo "não se manifestou após as votações", embora tenha sido instado pelos clubes a fazê-lo.

"Vamos avançar nos próximos dias a ver com podemos trabalhar. Promover a substituição e avançar para trabalhar. A partir de agora é trabalhar, rever os estatutos, mudar a forma de governança e fazer com que a Liga volte a ser respeitada como no passado", acrescentou.

O presidente do Vitória de Guimarães, Júlio Mendes, enviou uma mensagem no mesmo sentido: "O que aconteceu na Liga é bastante eloquente. Fica claro para todos que os clubes têm estado a reclamar uma alteração profunda do que se tem estado a passar".

"Esses clubes hoje viram confirmado que têm razão ao contrário do que o presidente da Liga andou a dizer. Julgo que fica demonstrada a evidência de que com contas e orçamentos chumbados com números expressivos o descontentamento é de facto praticamente geral. A mensagem que fica nesta casa é que espero que o presidente da Liga reflita nas atitudes que tem a tomar mediante a vontade dos clubes", concluiu.