Comentário: Fabiano em grande garante passagem do FC Porto

Os golos de Ghilas e Ricardo Quaresma aconteceram à entrada dos últimos 20 minutos da segunda mão dos oitavos de final da prova, quando Luís Castro, no seu quarto jogo no comando dos “dragões”, não esperou pelos italianos para apostar no avançado argelino, que entrou a seguir a uma outra troca no meio-campo ofensivo: Josué por Carlos Eduardo.

O habitual futebol “cínico” das equipas italianas, conhecido pela “estocada final” depois de muito sofrer, acabou por ser a fórmula de sucesso portista, além de uma exibição excelente de Fabiano, que já “sossegou” a vaga deixada pela lesão prolongada de Helton.

Luís Castro, privado de Maicon (não recuperou da lesão), Abdoulaye (não pode jogar na UEFA) e Alex Sandro (suspenso um jogo), apostou na titularidade do jovem mexicano Diego Reyes ao lado de Mangala no centro da defesa e com o extremo Ricardo adaptado a lateral esquerdo.

Por sua vez, Rafael Benítez apostou num claro 4x4x2, com Pandev de início, ao lado de Higuaín, prescindindo do extremo espanhol Callejón, que começou no banco, tal como o eslovaco Hamsik, opções habituais dos napolitanos.

O jogo teve um início muito intenso, com as duas equipas atrevidas no ataque, proporcionando algumas jogadas de perigo junto das duas áreas, pertencendo a Insigne, isolado em velocidade com um passe longo para as costas da defesa, a primeira oportunidade de golo, à passagem dos 15 minutos, com a bola a terminar nas mãos de Fabiano.

Dois minutos depois, após alguma confusão na área do Nápoles, Varela conseguiu cruzar para a pequena área, mas Reina esticou-se ao ponto de não deixar a bola passar para Carlos Eduardo, que se preparava para fazer o golo.

Aos 21 minutos, Pandev inaugurou o marcador e empatou a eliminatória, a passe de Higuaín, que esperou pela entrada rápida do macedónio, após jogada de contra-ataque napolitano, que apanhou a equipa portuguesa completamente descompensada no setor defensivo.

Ainda antes do intervalo, logo depois de nova situação de apuro na área portista, anulada com mais uma boa intervenção de Fabiano, foi a vez de o FC Porto responder com perigo, aos 33 minutos, mas a cabeçada de Jackson Martinéz saiu uns centímetros ao lado do poste de Reina.

Com algumas dificuldades na marcação, muito por mérito da velocidade imprimida pelos napolitanos, o FC Porto terminou a primeira parte sob grande pressão e sem aparentar grandes soluções para resolver a partida a seu favor.

Já no segundo tempo, aos 51 minutos, Insigne “acreditou” num cruzamento muito longo da direita, cabeceou junto ao segundo poste, mas Fabiano estava muito atento conseguiu opor-se ao rápido avançado napolitano.

Na resposta, aos 57, e com o FC Porto a controlar o rumo da partida, Carlos Eduardo desviou, de cabeça, um livre marcado por Quaresma e fez a bola rasar um dos postes adversários.

A matreirice da equipa italiana voltou a fazer-se sentir e, dois minutos volvidos, Higuaín dispôs de nova oportunidade, isolado na grande área com um passe para as costas da defesa portista, mas o guarda-redes portista voltou a evitar o golo.

Luís Castro foi o primeiro dos técnicos a mexer, trocando Carlos Eduardo por Josué (64 minutos) e Varela por Ghilas (66), dando sinal à equipa de que o resultado não era para defender, o que também terá pensado o seu homólogo, que logo a seguir rendeu Pandev com Hamsik.

A “cartada” do novo técnico portista resultou quase de imediato, quando o argelino empatou o encontro, após passe de rutura de Fernando, deixando-o entrar em velocidade para poder rematar na passada, estavam decorridos 69 minutos.

Logo a seguir, foi a vez de Defour rematar ao poste, lançado por Jackson Martinéz, mas o segundo golo portista haveria de aparecer após jogada individual de Ricardo Quaresma, que “limpou” três adversários já dentro da grande área, de onde “fuzilou” para a vantagem, a um quarto de hora do final.

Os italianos reagiram como puderam, mas Fabiano esteve sempre em grande nível, com mais um punhado de defesas seguras, apenas “traído” ao segundo minuto dos descontos, quando Zapata finalizou uma boa jogada de Callejón (entrou quase no final) na direita.