A Associação das Ligas Europeias de Futebol Profissional (EPFL), reunida em assembleia-geral em Atenas, elegeu hoje Georg Pangl, presidente executivo da Liga austríaca de futebol, como o novo secretário-geral do organismo.
A EPFL, que representa 30 ligas europeias, envolvendo cerca de mil clubes, abordou ainda questões relacionadas com a organização dos calendários internacionais, o “fair-play” financeiro, a UEFA Youth League e os fundos de jogadores.
As Ligas Europeias, face à polémica instalada em torno das datas para o Mundial do Qatar2022, reafirmam a sua posição de que qualquer eventual mudança de calendário internacional deve ser discutida com todas as partes interessadas.
“Qualquer alteração terá que ser acordada entre as Ligas e terá que ter em consideração a perturbação causada às competições nacionais em termos de calendário, negócios e parcerias audiovisuais”, refere em comunicado a EPFL.
O organismo saúda ainda o convite oficial da Federação Internacional de Futebol (FIFA) para a EPFL integrar a “task force” para discutir o assunto com todas as partes interessadas.
A EPFL alerta ainda a UEFA para uma questão que consideram de “grande impacto para a Ligas” e “fundamental para os clubes” e que diz respeito à “diferença de pagamentos existente entre os que participam na Liga dos Campeões e na Liga Europa”.
A associação apoia os princípios da recomendação conjunta em questões de transferência aprovadas pela UEFA, EPFL, ECA e FIFPro, através do Conselho Estratégico para o Futebol Profissional.
“A EPFL está plenamente empenhada em trabalhar com as suas ligas membros para a implementação de tais princípios a nível nacional, como, por exemplo, a luta contra o pagamento em atraso a jogadores e clubes”, refere em comunicado.
A UEFA Youth League, competição destinada às equipas sub-19 dos clubes participantes na Liga dos Campeões, e que tem a sua primeira edição a decorrer, foi também abordada pela EPFL, que vai elaborar uma proposta no sentido de esta prova poder ser alargada a mais emblemas.
No que toca à sustentabilidade das várias competições, tendo como fundo a aplicação do denominado “fair-play” financeiro, “a EPFL assume um compromisso sério e claro” com os regulamentos existentes e confia a sua execução de forma “metódica e razoável”.
A EPFL dedicou também um espaço na sua assembleia à discussão dos fundos dos jogadores e entende estar perante uma questão complexa, que envolve, por um lado, questões de ética e transparência e, por outro, a lógica deste negócio, como importante forma de financiamento.
“A EPFL está empenhada em colaborar com a ECA e a UEFA para estudar opções no que respeita à regulamentação dos fundos de financiamento de jogadores”, acrescenta a associação.
A assembleia-geral realizada em Atenas marcou ainda a despedida do português Emanuel Medeiros como diretor executivo da EPFL, após quase nove anos, decisão que já tinha sido comunicada aos seus membros o ano passado, em Paris.
Na assembleia-geral de 30 de outubro de 2013, o francês Frédéric Thiriez foi eleito novo chairman da EPFL, numa direção que integra também o português Mário Figueiredo, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).