Federação Internacional de Futebolistas Profissionais (FIFPro) manifestou-se hoje satisfeita com o pedido do presidente da UEFA, Michel Platini, para impedir que empresas ou fundos sejam proprietários de passes de jogadores.
“A FIFA tem o dever de garantir, à escala mundial, que não existe hipótese de terceiros serem proprietários dos direitos dos jogadores” afirmou a FIFpro em comunicado.
Citado pela FIFPro, Van Seggelen, secretário-geral do organismo, considerou que com na atual legislação “estão a ser atacados os direitos dos futebolistas e a causar um grave prejuízo à integridade do futebol mundial”.
Van Seggelen acrescentou que “a titularidade dos direitos dos trabalhadores por parte de terceiros é apresentada como um mal necessário por parte de homens de negócios gananciosos que encontraram uma forma de expor as debilidades da indústria”.
Na quinta-feira, Michel Platini acusou a liderança da FIFA de não fazer nada quanto aos futebolistas cujos direitos desportivos e económicos são detidos por empresas ou fundos.
Platini disse que os acordos que permitem a "terceiras entidades" deterem direitos desportivos sobre os futebolistas (à margem dos próprios e dos clubes de futebol que os empregam) são "um perigo" para o futebol.
O presidente da UEFA apelou à FIFA para que imponha uma proibição global a esta prática e elogiou a federação de futebol inglesa por ter sido a primeira a agir contra esta forma de negociar os passes dos jogadores, através da qual fundos e empresas detêm os direitos de muitos jogadores de topo no mundo.