Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, vai recorrer da suspensão de dois meses e da multa de cerca de 1.500 euros que lhe foram hoje impostas pela Comissão de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol.
Em comunicado, o Benfica contesta o castigo, que é devido às críticas de Vieira após o Benfica-Belenenses (1-1), da sexta jornada da liga em curso, e reitera que se verificaram objetivamente "erros de arbitragem graves, notórios e com influência no resultado final".
"Erros que condicionaram de forma evidente o resultado final, tal como ficou demonstrado no parecer emitido pela Comissão de Análise e Recurso, devidamente aprovado pela Secção de Classificações", defende o comunicado.
Tendo em conta "o contexto em que as declarações foram produzidas" e a alegada "existência objetiva de erros de arbitragem graves, notórios e com influência no resultado final do jogo", bem como "o grau de tolerância ou inoperância verificada em casos idênticos, formando uma jurisprudência em nada conforme com a agora decisão proferida", conclui o Benfica que o recurso para o Conselho de Justiça "é via única e inevitável perante uma surpreendente, tardia e infundada decisão".
No final do encontro em causa entre "azuis" do Restelo e "águias", Luís Filipe Vieira criticou a arbitragem de Jorge Tavares, de Aveiro, principalmente o lance que ditou o empate do Belenenses, queixando-se de um fora de jogo não assinalado de Fredy no golo de Diakite.
O presidente "encarnado" foi punido com base no artigo 136.º do Regulamento Disciplinar, que se refere à "lesão da honra e da reputação" por parte de dirigentes desportivos.