Comentário: AZ Alkmaar voluntarioso não chegou para o Benfica

Após uma primeira meia hora em que o AZ Alkmaar até merecia ter chegado à vantagem, o Benfica conseguiu equilibrar bem o jogo e no início da segunda parte bastou que "acelerasse" um pouco para chegar ao golo, através de um remate acrobático de Sálvio (48 minutos).

Tudo bem, portanto, também na frente europeia para os pupilos de Jorge Jesus, apesar de ter algumas pequenas contrariedades para equacionar, nos próximos dias - a lesão de Ruben Amorim e os amarelos mostrado a Nico Gaitan e Maxi Pereira, que excluem estes dois jogadores do jogo da segunda mão, na Luz.

Mais uma vez, Jorge Jesus insistiu na rotatividade de jogadores, chamando agora à equipa Artur Moraes, André Gomes e Cardozo. Nova oportunidade "perdida" pelo paraguaio, com uma exibição "cinzenta" e a substituição por Lima para a última meia hora.

O Benfica comprovou que tem opções variadas de jogo para além do “onze” base e não quebrou quando Ruben Amorim teve de dar a posição a André Almeida nem quando os avançados Cardozo e Rodrigo saíram para as entradas de Lima e Markovic.

Antes pelo contrário, depois do golo de Sálvio, aos 48 minutos, o Benfica mostrou-se dominador, calmo, mas determinado, justificando o resultado e "ameaçando" chegar ao 2-0, com duas ocasiões claras de Rodrigo e uma de Lima, nomeadamente.

Atendendo apenas aos primeiros 20/30 minutos de jogo, dificilmente se poderia antecipar a tranquila vitória final da equipa portuguesa, já que o AZ Alkmaar entrou "a todo o gás", com ocasiões para "faturar" aos 5, 19 e 20 minutos (Beerens, Aron Johnson e Beerghuis).

O Benfica não conseguia ganhar a luta no "miolo" nem sequer pressionar o adversário para o seu terreno recuado. Mas também não se desgastou muito e, isso sim, viu o adversário "estoirar" rapidamente e comprovar que o atual sétimo da liga holandesa não é adversário para o líder do campeonato português.

Artur Moraes, na baliza em vez de Oblak, realizou uma "enorme" exibição nessa primeira parte do jogo, negando aos avançados do AZ Alkmaar o golo e dando tranquilidade aos jogadores de campo da sua equipa, que chegaram ao intervalo já bem cientes que os holandeses estavam a quebrar.

A segunda parte teve um registo totalmente diferente e muito ajudou a tranquilidade do golo, marcado cedo, logo aos 48 minutos.

O Benfica aproveitou bem a debilidade das transições defensivas do adversário e lançou o seu ataque, através de André Almeida e André Gomes. Cardozo tentou a sua sorte e Viergever fez um corte incompleto, com a bola a sobrar, sobre o lado direito da área, para um remate acrobático de Sálvio, com a bola no ar.

Daí para a frente, a equipa de Lisboa esteve muito mais forte e justificou por completo a vantagem, ameaçando mesmo ampliá-la e várias ocasiões: aos 55 e 56 minutos, com Garay e Gaitan e sobretudo Lima, aos 81 minutos.

O AZ Alkmaar mostrou garra, mas também limitações, tanto no plano tático como físico. Aparentemente, serão "presa fácil" no jogo da segunda mão, na próxima semana.