Comentário: Estoril demonstra superioridade e quase garante "Europa"

O Vitória marcou primeiro, logo aos cinco minutos, pelo estreante Alex, mas o Estoril deu a volta ao marcador, empatando ainda na primeira parte e consumando a reviravolta na segunda, os dois primeiros golos por João Pedro Galvão (28 e 69 minutos), o último por Gerso, já em período de descontos (90+3).

Com este triunfo, a equipa de Marco Silva segue em quarto lugar, a três pontos (e mais um jogo) do terceiro, o FC Porto, e assegura praticamente um lugar nas competições europeias, já que só um cenário de perder os restantes quatro jogos e o Braga e a Académica vencerem os cinco que ainda lhes faltam lhe pode retirar o feito de repetir esse apuramento.

Já o Vitória somou o seu sétimo jogo seguido sem vencer (conseguiu apenas oito pontos nos últimos 36 possíveis), a sexta derrota em casa e, com uma exibição muito "cinzenta", vê cada vez mais longe o sonho "Europa".

Ainda não estavam cumpridos 50 segundos de jogo e já o Estoril tinha criado uma boa oportunidade para marcar, mas Douglas parou o cabeceamento de João Pedro Galvão, na sequência de um canto.

Seria, contudo, o Vitória a adiantar-se: grande passe de André André e Alex, que se estreou na equipa principal, aproveitou a hesitação entre Vagner e Ruben Fernandes e, com o pé esquerdo, desviou a bola por cima do guarda-redes brasileiro.

Num início de jogo frenético, seria Paulo Oliveira a impedir por duas vezes quase em cima da linha de golo que Mano e João Pedro Galvão marcassem (08 e 13 minutos).

Aos 28 minutos chegou o empate que já se justificava: jogada rápida entre o trio de ataque, com João Pedro Galvão a solicitar Balboa na direita, este a cruzar para o "coração" da área, onde Bruno Lopes surgiu a concluir de primeira, conferindo justiça ao marcador.

O segundo tempo começou com o Vitória a mostrar intenção de ser mais dinâmico e Malonga e André André assustaram Vagner com dois bons remates (46 e 50). Aos 64, uma "bomba" de Tiago Rodrigues na conversão de um livre direto obrigou o guarda-redes a grande defesa.

Rui Vitória ainda lançou Maazou, mas sem efeitos práticos, já que, a partir dali, só "deu" Estoril.

Aos 68 minutos, Bruno Lopes cabeceou com perigo, após livre de Evandro, e, um minuto depois, o Estoril colocou-se na frente.

Após um mau alívio de Paulo Oliveira, Gonçalo ganhou nas alturas a Josué e assistiu Bruno Lopes, que, perante a passividade da defesa vitoriana, rematou à meia-volta com o pé esquerdo e fez o segundo do Estoril e da conta pessoal.

Seria a equipa estorilista a estar muito perto do terceiro em duas ocasiões (Filipe Gonçalves e Gerso, 76 e 87) e já em período de descontos marcaria mesmo, por Gerso, que percorreu muitos metros com a bola e, apesar da oposição de Maazou, rematou de forma certeira (90+3).