Barcelona vence Benfica e conquista UEFA Youth League

A derrota por 3-0 na final da primeira “Liga dos Campeões” mais jovem foi pesada, tendo em conta que os “encarnados” mostraram categoria e futebol que, entre outras considerações, manteve a dúvida sobre o desfecho quase até ao terceiro golo catalão.

À equipa de João Tralhão só faltou eficácia nos momentos de decisão para o golo – até uma grande penalidade falhou, quando estava 1-0 -, por comparação com a capacidade “matadora” do Barça, com destaque para Munir El Haddadi, que hoje bisou e, com isso, terminou a prova como goleador mor, com 11 golos marcados.

Os catalães começaram melhor, com um golo apontado aos nove minutos, por Tarín, após boa jogada de El Haddadi, que rematou de ângulo fechado, com Graça a defender, mas para uma zona onde apareceu o avançado espanhol a recarregar.

Os “encarnados” não se mostraram afetados pelo golo sofrido e, à custa da velocidade que os seus médios e avançados colocaram no terreno, cercaram área adversária, onde Rochinha acabou travado em falta, aos 14 minutos, por Goodwill.

Chamado à conversão da grande penalidade, Romário Baldé “disparou” contra a barra da baliza de Ondoa, falhando a oportunidade de empatar o encontro.

Com o Benfica a dominar os acontecimentos, e depois de nova tentativa de Rochinha, contrariada pelo guarda-redes catalão, os catalães optaram em definitivo por uma tática de contra-ataque, com Adama Traoré, El Haddadi e El Ouriachi muito ativos nessa tarefa.

Tanto que o segundo acabou por concluir, com sucesso, jogada de Traoré na direita, somando o seu décimo golo na competição.

No segundo tempo, a equipa de João Tralhão reapareceu com o mesmo empenho do primeiro tempo, com destaque para a insistência ofensiva de Gonçalo Guedes e Romário Baldé, sempre muito ativos e sem receio de partir “para cima” de cada adversário que lhes ia aparecendo pela frente.

Aos 54 minutos, Estrela esteve muito perto do golo, quando, de cabeça, fez a bola rasar o poste esquerdo, após cruzamento de Nuno Santos desde a direita.

Aos 68 minutos, nova cabeçada na área, desta vez por João Nunes, que subiu mais alto que toda a gente, acorrendo a um canto na esquerda, mas a bola voltou a passar a centímetros do êxito.

O Benfica carregava, então, muito mais do que o Barcelona, com os seus elementos em pressão constante na intermediária contrária e com uma alteração efetuada: Hildeberto Pereira no lugar de Gilson Costa.

Gonçalo Guedes, aos 76 minutos, com uma boa iniciativa individual, conseguiu ganhar algum espaço à entrada da área adversária e, depois de ter tirado dois defesas da frente, rematou para nova defesa de Ondoa.

Mas, ao contrário da tendência do jogo, El Haddadi somou o seu 11.º tento na prova, com um remate desferido ainda de trás da linha de meio-campo, a dois minutos dos 90, que passou por cima do guardião Graça, que estava muito adiantado na sua área.