As alemãs do Wolfsburgo, detentoras da Liga dos Campeões feminina de futebol, vão defender em Lisboa, na quinta-feira, o título conquistado em 2013, em Londres, frente às suecas do Tyreso, que tentam vencer o troféu pela primeira vez.
Na 13.ª final, a formação da Alemanha, país que arrebatou sete “canecos”, tenta tornar-se a terceira a revalidar o cetro, depois das suecas do Umea (2002/03 e 2003/04) e das francesas do Lyon (2010/11 e 2011/12), num embate marcado para o Estádio do Restelo.
Por seu lado, as estreantes do Tyreso procuram reeditar os sucessos de FFC Turbine Potsdam (2004/05), Arsenal (2006/07), Duisburgo (2008/09) e Wolfsburgo (2012/13), que venceram na primeira presença, além, claro, do Frankfurt, que ganhou o jogo decisivo da edição inaugural (2001/02).
O Restelo vai assistir à quinta final entre alemãs e suecas - sendo que, pelo menos, um dos dois países esteve sempre representado - e à segunda consecutiva do Wolfsburgo, orientado por Ralf Kellermann.
A estrela das alemãs é a avançada Conny Pohlers, que, antes de terminar a carreira, no final da época, aspira ao quarto título europeu - depois dos triunfos por Potsdam (2005), Frankfurt (2008) e Wolfsburgo (2013) -, tal como a médio Viola Odebrecht.
Pohlers, de 35 anos, é a melhor marcadora da história da competição, com 48 golos, oito dos quais em finais, um recorde, e, em Lisboa, tem a oportunidade de igualar o recorde de oito presenças em finais da sueca Anna Paulson.
Além das tricampeãs Pohlers e Paulson, o Wolfsburgo conta ainda com três vencedoras de duas edições, casos de casos de Josephine Henning (Potsdam, em 2010), Nadine Kessler (Potsdam, em 2010) e Alexandra Popp (Duisburgo, em 2009), todos vencedores em 2013.
Na luta pelo oitavo título para a Alemanha, o Wolfsburgo enfrenta um “onze” do Tyreso, orientado pelo sueco Tony Gustavsson, com a consagrada Marta, que, à quarta final, procura reconquistar o troféu, que já venceu em 2004.
A avançada brasileira, eleita melhor jogadora do Mundo cinco vezes consecutivas, entre 2006 e 2010, tenta “vingar” as finais perdidas ao serviço das suecas do Umea, em 2007, diante das inglesas do Arsenal, e em 2008, frente às alemãs do Frankfurt.
O Tyreso, que procura derrotar o detentor do troféu e reeditar o feito do Wolfsburgo na última época, apresenta outras “armas”, como a espanhola Verónica Boquete e a norte-americana Christen Press, ambas avançadas, e a médio sueca Caroline Seger, assim como Madelaine Edlund, que regressou ao clube depois de ter sido mãe.
Para chegar à final de quinta-feira, que vai ser arbitrada pela ucraniana Kateryna Monzul, o Tyreso venceu o Birmingham, por 3-0, na segunda mão da meia-final, depois de um “nulo” em Inglaterra, graças dois golos de Press e um de Marta, que ainda desperdiçou uma grande penalidade.
O Wolfsburgo, também após um 0-0, venceu em casa as compatriotas do FFC Turbine Potsdam por 4-2, recuperando de duas desvantagens. Julia Simic deu vantagem às visitantes, Nadine Kessler empatou, Genoveva Añonma voltou a colocar o Potsdam na frente, mas um “bis” de Alexandra Popp concretizou a reviravolta, antes de Martina Muller selar o 4-2 final.