O Benfica tem o seu nome gravado a “ouro” na história da principal competição europeia de clubes, pois venceu a Taça dos Campeões Europeus em 1960/61 e 61/62 e ainda chegou a mais cinco finais.
Depois dos títulos conquistados sob o comando do húngaro Bela Guttmann, os “encarnados” perderam consecutivamente as finais de 1962/63, 64/65, 67/68, 87/88 e 89/90, sendo, ainda hoje, quartos no “ranking” de presenças no jogo decisivo.
Na principal prova do “velho continente”, o Benfica só conta menos finais disputadas do que os “gigantes” Real Madrid - que vai disputar no sábado a 13.ª na Luz, frente ao vizinho Atlético de Madrid -, AC Milan (11) e Bayern Munique (10).
O conjunto da Luz começou da melhor maneira, em 1960/61, com um triunfo por 3-2 sobre o FC Barcelona, em Berna, onde virou de 0-1 para 3-1, com Coluna a apontar o terceiro, aos 55 minutos. Czibor reduziu, aos 75, e foi preciso sofrer muito até final.
Com este triunfo, os “encarnados” deram o primeiro título europeu a Portugal, com um “onze” 100 por cento luso, e colocaram um ponto final na hegemonia do Real Madrid, que havia triunfado nas primeiras cinco edições (1955/56 a 59/60).
Na época seguinte, os “encarnados” foram ainda “maiores”, face ao Real Madrid, em Amesterdão, onde estiveram a perder por 2-0 (“bis” de Ferenc Puskas, que ainda fez o 2-3) e ganharam por 5-3, como José Águas e Coluna a repetir os golos do ano anterior e o “miúdo” Eusébio a resolver, com um “bis”.
Com Fernando Riera em vez de Guttmann, o Benfica, então bicampeão em título, chegou favorito à final de 1962/63 e esteve a vencer, com um tento de Eusébio, mas um “bis” de Altafini, na segunda metade, deu o título ao AC Milan, em Wembley (1-2).
A equipa “encarnada”, agora sob o comando do romeno Elek Schwartz, voltou em 1964/65, para jogar “fora”, com o Inter de Milão, em San Siro, onde Jair decidiu, aos 42 minutos, num jogo em que os “encarnados” atuaram com apenas 10 desde os 57, por lesão do guarda-redes Costa Pereira. Não havia substituições.
A década de 60 ainda teve uma quinta final para o Benfica, do brasileiro Otto Glória, em 1967/68. Em Wembley, o “anfitrião” Manchester United marcou primeiro, mas Jaime Graça empatou e, com o fim à vista, Eusébio falhou o “tri”. No prolongamento, os ingleses, liderados por George Best, acabaram por vencer por 4-1.
A sexta final na Taça dos Campeões só chegou 20 anos depois, em 1987/88 e, frente ao PSV Eindhoven, base da Holanda campeã europeia de 1988, o troféu decidiu-se nos penáltis. O “onze” de Toni marcou os cinco primeiros, mas, ao sexto, Janssen manteve o pleno na baliza de Silvino, enquanto Veloso falhou.
Os “encarnados” voltaram dois anos volvidos, em 1989/90, sob o comando do sueco Sven-Goran Eriksson, mas, frente a um “super” AC Milan, dos holandeses Rijkaard (autor do único golo), Gullit e Van Basten, mais uma série de “estrelas”, como Maldini, Baresi ou Ancelotti, voltaram a perder.
Depois disso, o Benfica nunca mais se “aproximou” da final da prova, sendo que, na “era Champions” (desde 1992/93), tem como melhor três presenças nos quartos de final.
Os “encarnados” caíram perante o AC Milan em 1994/95 (0-2 em San Siro e 0-0 na Luz), sob o comando de Artur Jorge, face o FC Barcelona em 2005/2006 (0-0 em casa e 0-2 em Nou Camp), com Ronald Koeman, e perante o Chelsea em 2011/12 (0-1 em Lisboa e 1-2 em Londres), já na “era” Jorge Jesus.