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Mundial-1966: Inglaterra ganhou com polémica o Mundial "de" Eusébio

A Inglaterra, inventora do futebol, conquistou em casa o Mundial de 1966, numa prova decidida por um dos golos mais polémicos da história, na final com a RFA, e marcada individualmente por um português, Eusébio.

Mundial-1966: Inglaterra ganhou com polémica o Mundial "de" Eusébio

O “pantera negra” foi o melhor marcador, com nove tentos, e as suas exibições ainda hoje são lembradas em Inglaterra, onde brilhou sobretudo nos “quartos”, face à Coreia do Norte, à qual marcou quatro golos seguidos, virando um desfavorável 0-3.

O jogador do Benfica, falecido a 05 de janeiro, chegou a fazer os estreantes “magriços” sonhar com o título, mas estes tiveram de contentar-se com o terceiro posto, ainda o melhor registo de sempre, face a um desaire nas “meias” com a Inglaterra.

Um “bis” de Bobby Charlton derrotou Portugal (2-1) e embalou a Inglaterra para o cetro, conquistado, ainda assim, de forma polémica, na final com a RFA, campeã em 1954.

O jogo decisivo chegou empatado ao final do tempo regulamentar (2-2) e só foi decidido no prolongamento, depois de um dos golos mais controversos da história, apontado, aos 101 minutos, por Geoff Hurst: quase meio século depois, ainda se questiona se a bola entrou.

O que é facto é que o golo foi validado e os ingleses, que tinham estado a perder por 1-0 e depois a ganhar por 2-1, não mais perderam a liderança e ainda a reforçaram, em "cima da hora", com o "hat-trick" de Hurst.

Hurst foi, por todos os motivos, a grande "estrela" da final, mas a Inglaterra também venceu porque Alf Ramsey tinha ao seu dispor outros grandes jogadores, como o guarda-redes Gordon Banks, Jackie Charlton, Bobby Moore, Bobby Charlton, Roger Hunt e Martin Peters.

Antes de “derrubar” portugueses e alemães, a Inglaterra venceu o seu grupo na primeira fase, com dois triunfos - 2-0 a México, com tentos de Bobby Charlton e Hunt, e França, com um "bis" de Hunt -, após um "nulo" com o Uruguai, e, nos "quartos", ganhou à Argentina por 1-0 (golo de Hurst).

Numa competição dominada pelos europeus, os três candidatos a conquistar a Taça Jules Rimet (entregue ao primeiro país a chegar aos três títulos) dececionaram, entre eles o bicampeão em título Brasil, que "caiu" na primeira fase, após derrotas por 3-1 com Hungria e Portugal.

Por seu lado, a Itália, campeã em 1934 e 1938, ficou também na fase inicial, vergada a uma impensável derrota frente à surpreendente Coreia do Norte (0-1), enquanto o Uruguai, vencedor da prova em 1930 e 1950, foi goleado (0-4) pela RFA nos quartos de final.

A competição não sofreu alterações no seu formato - quatro grupos de quatro equipas na primeira fase e depois jogos a eliminar, a partir dos quartos de final - e foi também igual no que respeita a golos (89, em 32 jogos).

De 11 a 30 de julho, em Londres, Liverpool, Sheffield, Sunderland, Birmingham, Manchester e Middlesbrough, evoluíram nos relvados ingleses 16 seleções, 10 das quais europeias e apenas duas estreantes (Portugal e Coreia do Norte).

Nas bancadas, estiveram mais de 1,6 milhões de espetadores, que não tiveram a oportunidade de observar qualquer seleção da África, continente que optou pelo boicote, devido à decisão da FIFA em obrigar o primeiro classificado africano a defrontar uma seleção da Ásia ou da Oceânia para chegar à fase final.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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