A diretora do Comité Organizador Local (COL) do Mundial de futebol, Joana Havelange, escreveu hoje numa rede social que “o que tinha de ser gasto, roubado, já foi”, em alusão à preparação da competição.
A neta do antigo presidente da FIFA, João Havelange, usou a frase em que admite que se roubou durante o processo de organização do Mundial2014 para repudiar as manifestações contra à realização da 20.ª edição do torneio no Brasil.
“Não apoio, não compartilho e não vestirei preto em dia nenhum de jogo do Mundial. Quero que o Mundial aconteça da melhor forma. Não vou torcer contra, até porque o que tinha que ser gasto, roubado, já foi. Se fosse para protestar, que tivesse sido feito antes”, escreveu na sua conta do Instagram a filha de Ricardo Teixeira, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que se demitiu em março de 2012 depois de 25 anos no cargo devido a acusações de corrupção.
Joana Havelange defendeu que o local certo para protestar é outro.
“Eu quero mais é que quem chegue de fora, veja um Brasil que sabe receber, que sabe ser gentil. Quero que quem chegue, queira voltar. Quero ver um Brasil lindo. O meu protesto contra o Mundial será nas eleições. Outra coisa, destruir o que temos hoje, não mudará o que será feito amanhã”, concluiu.
A sua frase surge quatro dias depois de uma polémica declaração do ex-futebolista Ronaldo, máximo marcador da história dos Mundiais e membro do COL, que disse sentir-se envergonhado pela organização do Mundial do Brasil.