O jornal inglês Sunday Times escreve hoje que tem “milhares de emails, documentos e registos de transferências bancárias” que provam subornos na ordem dos cinco milhões de dólares para o Qatar acolher o Mundial2022 de futebol.
O valor, cerca de 3,3 milhões de euros, terá sido distribuído pelo qatari Mohamed bin Hammam, banido em 2012 do Comité Executivo da FIFA, que integrava desde 1996, por acusações de suborno quando se candidatou à presidência do organismo.
Segundo o jornal inglês, Bin Hamman, que também foi presidente da Confederação Asiática de Futebol, pagou avultadas quantias de dinheiro a “altos dirigentes” do futebol mundial para garantir a eleição do Qatar como sede do Mundial2022.
Em 2010, a FIFA abriu um inquérito para investigar as denúncias de alegada corrupção nas escolhas da Rússia e Qatar para as edições de 2018 e 2022 do Mundial.
O advogado norte-americano Michael Garcia, que lidera as investigações, deverá entregar os resultados finais do inquérito até final deste ano.
Michael Garcia ia encontrar-se segunda-feira com responsáveis do comité organizador do Mundial2022, mas, segundo a agência AFP, a reunião deverá ser adiada em virtude das denúncias de hoje do Sunday Times.