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Rui Rangel reafirma “traição” de Seara na “aliança” para a Liga de clubes

O juiz desembargador Rui Rangel reafirmou hoje a “traição” e a “desonestidade” de Fernando Seara na entrega de uma lista candidata à Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), que não a da “aliança” entre os dois.

Rui Rangel reafirma “traição” de Seara na “aliança” para a Liga de clubes
Futebol 365

Num extenso comunicado, intitulado “em nome da verdade e da transparência”, Rui Rangel recorda a entrega de uma lista na LPFP, subscrita por seis clubes (Marítimo, Gil Vicente, Oliveirense, Tondela, Académica de Viseu e Trofense), dos quais quatro solicitados por si.

O juiz desembargador reitera que o antigo presidente da Câmara Municipal de Sintra se tinha comprometido a subscrever a lista da “aliança”, salientando que esta “não é falsa como afirma o Dr. Fernando Seara”.

“É bem verdadeira e reflete de forma profunda a vontade do Dr. Fernando Seara e a minha”, lê-se no comunicado.

No entanto, Rangel assinala a “surpresa das surpresas” por, depois de ter entregado a lista da “aliança”, Seara ter comparecido na LPFP “para apresentar uma outra candidatura, suportada com clubes diferentes, com diferentes corpos sociais”.

“Sem eu ou qualquer membro da Lista de Aliança ter tido conhecimento”, sublinhou Rangel.

O juiz apontou a “desistência” do presidente do Vitória de Guimarães, Júlio Mendes, como o ponto de viragem neste entendimento, acusando Seara de “elaborar uma lista escondida com outros protagonistas e outros clubes”.

“Ainda na véspera do dia limite de entrega das listas às eleições, o Dr. Fernando Seara, na presença de outras pessoas, estava com o projeto de aliança e com a respetiva Lista aos órgãos sociais. De um dia para outro, aparece com uma nova Lista, como novos clubes, (indicativamente, FC Porto, Sporting de Braga, Vitória de Guimarães e Rio Ave) e outros protagonistas”, acrescenta Rangel.

Daí que o juiz desembargador apelide o comportamento de “traição gravíssima, deslealdade, não saber honrar a palavra e os compromissos, tudo em nome de uma estratégia pessoal de conquista do poder a todo o custo, ou a qualquer preço”.

“E essa traição gravíssima poderá ter sido jogada em dois campos, escondendo, eventualmente, de forma maquiavélica, às duas listas o que se estava a passar”, admitiu Rangel, concluindo que “quem impediu a união e contribuiu para a descredibilização do futebol foi quem ousou de forma grosseira e inacreditável andar a construir duas listas, nas costas do ‘povo’”.

Na sexta-feira, a LPFP anunciou que foram apresentados quatro dossiês de candidatura, dois em nome de Fernando Seara, um de Rui Alves e outro de Mário Figueiredo.

A "regularidade das listas e a elegibilidade dos candidatos" para as eleições de quarta-feira vai ser anunciada na segunda-feira, de acordo com o comunicado da LPFP.

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