O vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol Hermínio Loureiro manifestou-se hoje "entristecido" com o polémico processo eleitoral da Liga de Clubes de futebol, apelando a uma "solução rápida" que respeite "escrupulosamente" os estatutos e os regulamentos.
"Enquanto dirigente federativo, há uma total autonomia naquilo que é o funcionamento da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, mas aquilo que importa e é fundamental numa relação - que tem de ser boa - entre uma Liga e uma Federação da mesma modalidade é que, a existir uma Liga, seja forte, coesa, unida e respeitada", disse Hermínio Loureiro, ele próprio ex-presidente da Liga.
Na segunda-feira, o presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga de Clubes, Carlos Pereira, rejeitou as candidaturas de Fernando Seara e Rui Alves e apenas admitiu a lista encabeçada por Mário Figueiredo, atual presidente daquele organismo.
"Não posso deixar de dizer que, atendendo ao meu passado numa casa onde dei o melhor de mim, fico triste com estas coisas e espero que o bom-senso impere, sempre cumprindo escrupulosamente com os estatutos e os regulamentos das instituições", disse Hermínio Loureiro.
Questionado sobre que situação em concreto o deixa triste, o vice-presidente da FPF respondeu que "gostaria que se falasse bem da Liga”.
"(O que me deixa triste) é que se fale de coisas acessórias em vez do essencial. Não conheço em pormenor o processo, mas gostaria que se falasse bem da Liga, bem dos clubes e bem do futebol", afirmou.
Hermínio Loureiro recordou, ainda que sem mencionar ninguém pelo nome, que a sua eleição para a Liga de Clubes em 2006 foi impugnada pelo presidente do Nacional, Rui Alves.
"Fui candidato à Liga e tive uma providência cautelar que me impediu de iniciar esse trabalho durante meses. Sei bem do que estou a falar. O que espero é que tudo se resolva rapidamente, a bem do futebol", disse o responsável.
Para Hermínio Loureiro, "o futebol português precisa de uma Liga muito forte".