O Brasil inaugura hoje o Mundial de futebol de 2014, o maior evento já realizado no país, com previsão de protestos em 11 capitais de Estados, incluindo São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro.
Em São Paulo, cidade que será palco da abertura do evento, há quatro manifestações previstas. Uma delas, o "Grande Ato Não Vai ter Copa", é organizada por movimentos sociais contra os gastos com o evento, e registou tumultos entre manifestantes e a polícia na manhã de hoje.
A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo para impedir que dezenas de manifestantes invadissem as pistas da Radial Leste, a principal via da zona leste da cidade e caminho para a Arena Corinthians, que será palco da abertura do Mundial, na tarde de hoje, entre Brasil e Croácia.
Mais próximo ao estádio, em Itaquera, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) organiza a "Copa do Povo", com partidas entre equipas de trabalhadores, em contraposição ao Mundial2014.
Uma favela da região central da cidade fará uma festa junina, com partidas de futebol e debates sobre o direito à cidade.
O outro ato previsto em São Paulo é o dos trabalhadores do metro, contra as demissões de trabalhadores após a greve da categoria que terminou na última segunda-feira.
No Rio de Janeiro, há três manifestações previstas, todas de repúdio ao Mundial2014. Em Brasília, o "Manifest" prevê um ato pacífico contra os gastos do evento, com uma caminhada até o local onde será realizada a “Fifa Funfest”, festa destinada aos adeptos, com concertos e transmissões de partidas.
Outras cidades que preveem a realização de protestos são Belém, na região norte do Brasil, Teresina, São Luís, Fortaleza, Recife e Maceió, no nordeste, Belo Horizonte, no sudeste, e Porto Alegre, no sul do país.