A Costa Rica reforçou hoje o estatuto de grande surpresa do Mundial de futebol de 2014, ao vulgarizar a Itália (1-0) e garantir, sensacionalmente, um lugar nos oitavos de final, num grupo com três campeões do Mundo.
Condenados a “bombos da festa”, os costa-riquenhos só precisaram de dois jogos para repetir 1990, vencendo os transalpinos graças a um tento de Bryan Ruiz, aos 44 minutos, depois de já terem batido o Uruguai por 3-1.
Quinta-feira, a Costa Rica vai, assim, como se esperava, “cumprir calendário” face à Inglaterra, mas, pasme-se, porque já está qualificada, sendo que o triunfo de hoje teve como dano colateral a eliminação aos ingleses.
O conjunto comandado por Jorge Luis Pinto qualificou-se e, para quem viu, com inteira justiça, tal a forma como “anulou” uma Itália que apenas teve uma verdadeira oportunidade, por Balotelli, e foi uma nulidade em toda a segunda parte.
Em relação à estreia, Prandelli mudou três peças (Buffon, Abate e Thiago Motta nos lugares de Sirigu, Paletta e Verrati) e o esquema tático, de 5-3-2 para 4-3-3, enquanto Jorge Luis Pinto manteve tudo intacto, os jogadores e o 5-2-3.
Perante uma Itália, sem surpresa, na expectativa, a Costa Rica, muito personalizada, não teve medo e assumiu o jogo, criando a primeira grande oportunidade aos sete minutos, com Borges a cabecear por cima, após um canto e uma saída sem nexo de Buffon.
A Itália só “viu” a baliza adversária aos 27 minutos, num remate ao lado de Thiago Motta, que despertou a equipa, nomeadamente Pirlo. O “mágico” isolou duas vezes Balotelli, para este falhar o “chapéu”, aos 31, e rematar forte, mas à figura, aos 33.
O domínio transalpino durou, porém, muito pouco, já que a Costa Rica respondeu de imediato, com remates de longe de Bolaños e Bryan Ruiz e um cabeceamento perigoso de Duarte, antes de, aos 43 minutos, Cambpell ser “atropelado” na área por Chiellini.
O árbitro chileno Enrique Osses não “quis” assinalar grande penalidade, mas, qual “justiça divina”, os costa-riquenhos marcaram no minuto seguinte, num cabeceamento certeiro de Bryan Ruiz, depois de excelente cruzamento na esquerda de Diaz.
Para a segunda parte, Cassano foi lançado para o lugar de Thiago Motta, mas a Itália não fez melhor do que dois remates de fora da área, de Darmain e Pirlo, e Prandelli teve de arriscar mais, apostando em Insigne (por Candreva) e Cerci (por Marchisio).
A Costa Rica, “refrescada” com Cubero, Urreña e Brenes, foi, no entanto, controlando sempre o jogo, sem precisar de se fechar em demasia, isto perante uma Itália incapaz sequer de criar uma “mísera” oportunidade para seguir em frente.
Na parte final, os suplentes Urrenã e Brenes ainda ameaçaram o segundo tento, que teria custado o segundo posto aos italianos. Assim, com o desaire por 1-0, os transalpinos passam com um empate face ao Uruguai, a fechar.