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Mundial-2014: Sem Ribéry, esta França é ainda mais candidata

A notícia estrondosa da ausência de Franck Ribéry (terceiro melhor jogador do Mundo para a FIFA) deixou os franceses em estado de choque. Lesionado, o extremo do Bayern Munique tem assistido ao Mundial-2014 pela televisão e, com certeza, tem vibrado com as excelentes prestações dos seus colegas. Será que seria igual se ‘scarface’ estivesse entre os convocados?

Mundial-2014: Sem Ribéry, esta França é ainda mais candidata

Talvez não. O simples facto de estar na convocatória final da França ‘obrigaria’ Didier Deschamps a encontrar espaço para Ribéry numa equipa onde a sua falta não tem sido sentida. E com toda a lógica. Afinal, o terceiro melhor do Mundo tem que jogar: em qualquer seleção do planeta.

O paradoxo é que, mesmo sem a sua figura de proa, a França tem apresentado um dos modelos de jogo mais vistosos da competição. E arrisco dizer que só o consegue fazer porque Ribéry não está presente. A ausência do craque bávaro tem aberto espaço a nomes como Olivier Giroud e Griezmann. Uma equipa que rodaria em torno do craque treinado por Pep Guardiola, uniu-se como um grupo coeso, onde nenhuma unidade se destaca em demasia.

Prova disso é que, em dois jogos, já marcaram cinco jogadores diferentes: Karim Benzema (3), Olivier Giroud, Matuidi, Valbuena e Moussa Sissoko, contando-se ainda com um autogolo na vitória gaulesa sobre as Honduras (3-0, Noel Valladares). Fazendo as contas, a equipa de Deschamps apontou oito golos e sofreu apenas dois.

Este é o momento para deixar claro que, quando defendo que a França talvez não fosse tão acutilante e coesa com Ribéry na equipa, não quero menosprezar as qualidades do jogador do Bayern Munique: de forma nenhuma. Apenas acredito que seriam depositadas muitas responsabilidades na sua figura, cenário que poderia ser pouco benéfico para o conjunto.

No fundo, poderia acontecer o mesmo que estamos a ver em equipas como Portugal (onde Cristiano Ronaldo é tido como o ‘salvador’) e Equador (a presença de Antonio Valencia tem sido apenas uma questão de estatuto). Na Argentina, ao contrário do que seria esperado e, talvez por não estar no seu pico de forma, Lionel Messi tem tido um ‘peso’ muito inferior ao que seria inicialmente esperado.

Neste momento, a França é a seleção que me tem enchido mais as medidas. Tem em Hugo Lloris um guarda-redes de topo, uma defesa com experiência nas laterais (Evra, Debuchy) e juventude no centro (Varane, Sakho). O meio-campo possui potência (Sissoko, Matuidi) e criatividade (Cabaye, Valbuena), sendo que, na frente, nomes como Benzema, Giroud, Griezmann e até Loic Remy podem continuar a atormentar as linhas defensivas alheias.

Após a desgraça do Mundial-2010 (eliminada na fase de grupos, com apenas um ponto), a França parece estar de regresso aos seus melhores momentos e possui uma geração de jogadores que ainda tem muito para mostrar. Ribéry pode ter perdido a última oportunidade de participar num Campeonato do Mundo (e não o merecia!), mas há males que vêm por bem…

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