Ricardo Costa: Jogadores encaram Gana como «o último jogo» das suas vidas

Portugal necessita não só de golear o Gana, como de esperar que o encontro entre a seleção germânica e a norte-americana não se salde por empate, a fim de conquistar o primeiro objetivo com que partiu para o Brasil: o apuramento para os oitavos de final.

"Estamos mentalizados apenas em ganhar e em encarar o jogo com o Gana como se fosse a última partida das nossas vidas. Sabemos que temos de ganhar e esperar que a Alemanha faça a sua parte", observou o defesa central, em conferência de imprensa realizada em Campinas, cidade do estado de São Paulo onde a comitiva lusa está instalada.

Apesar do cenário pouco animador, Ricardo Costa, de 33 anos, "alimenta a esperança de passar aos oitavos, enquanto isso for matematicamente possível", explicando que os jogadores estarão concentrados no encontro com o Gana, mas sem esquecer as incidências do outro confronto do Grupo G.

"Teremos pessoas no banco [de suplentes] que estarão a par do que se vai passar do outro jogo. Ao intervalo vamos saber o resultado e na segunda parte estaremos mais preocupados com isso, caso o nosso resultado tenha bastantes golos, para então poder forçar nos últimos 15/20 minutos", explicou.

Ricardo Costa acredita que Alemanha e Estados Unidos "vão dar o máximo para ganhar" e não se limitarão a jogar para um empate de conveniência, até porque "para se estar presente numa seleção deste nível tem de se ter dignidade e respeitar o futebol".

Antes de começar a pensar num resultado favorável na outra partida do grupo, a seleção lusa precisa de vencer o Gana, "uma equipa muito forte e rápida, que tem um jogo muito vertical e gosta de jogar pelos francos, incorporando muita gente no ataque".

A "exploração dessa descompensação defensiva" pode ser a chave para a goleada que Portugal precisa para continuar a sonhar com a qualificação para a segunda fase do torneio, depois da pesada derrota sofrida na estreia, frente à Alemanha, por 4-0, e ao empate 2-2 concedido no domingo perante os Estados Unidos.

"Nunca nos considerámos favoritos a ganhar o Campeonato do Mundo. Temos uma equipa muito boa e sabíamos que tínhamos as nossas possibilidades de disputar o Mundial. A situação em que estamos hoje não é a verdadeira seleção nacional. Os resultados não demonstram a qualidade dos jogadores", notou.

Ricardo Costa garantiu que a equipa das quinas "está preparada para a guerra" no confronto de quinta-feira, no Estádio Nacional de Brasília, apesar dos problemas que também afetam a seleção africana, com os jogadores a ameaçarem não comparecer no jogo enquanto a federação não pagar os prémios que consideram ser devidos.

O defesa central, que foi titular frente aos Estados Unidos devido à suspensão de Pepe, que foi expulso frente à Alemanha, assegurou que os futebolistas lusos estão ao lado de Paulo Bento, assinalando que o selecionador nacional "é o líder" do grupo.

Apesar das exibições pobres de Cristiano Ronaldo, Ricardo Costa acredita que o avançado "vai dar tudo por tudo para ajudar Portugal a passar à fase seguinte", advertindo que o melhor futebolista mundial de 2013 é "um jogador muito importante" para a equipa nacional.

A seleção portuguesa de futebol defronta na quinta-feira a congénere do Gana, em jogo da terceira e última jornada do Grupo G da fase final do Mundial2014, no Estádio Nacional, em Brasília, com início às 13:00 horas (17:00 em Lisboa).