O antigo vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) António Boronha acusou Humberto Coelho, de ter exigido dinheiro no dia da partida para o Euro2000, quando era selecionador nacional, algo que o atual dirigente nega.
"Na sequência de um texto publicado no Facebook identificado como sendo do antigo vice-presidente da FPF António Boronha, vem o vice-presidente da FPF Humberto Coelho desmentir categórica e cabalmente o teor das afirmações ali reproduzidas. Mais se informa que Humberto Coelho vai recorrer a todos os mecanismos legais ao seu alcance para defender a sua honra e bom nome", lê-se numa nota divulgada pela federação na quarta-feira.
Na sua conta no Facebook, António Boronha diz que, a 05 de junho de 2000, dia da partida para o Europeu, Humberto Coelho o abordou de manhã ameaçando que não viajava se não lhe fosse concedida uma verba semelhante à dos jogadores.
"Ou vocês me pagam, também, a quantia de 6.000 contos (mais ou menos 30.000€, hoje) ajustada para todos os jogadores ou... não embarco para a Holanda", terá dito Humberto Coelho, segundo o relato de António Boronha, que diz ter contestado a exigência afirmando que os valores que iria receber estavam contemplados no contrato assinado com a FPF, então presidida por Gilberto Madaíl.
Boronha acrescenta que o antigo internacional português insistiu que a decisão era irreversível e que, ao início da tarde, na sua presença, Madaíl, considerando que a exigência era ilegítima e inoportuna, cedeu às pretensões do então selecionador, "atendendo à delicadeza do momento".