Duarte Anastácio, de 26 anos, disse hoje que se candidata à presidência do Leixões "por saber que o clube precisa de sangue novo e por achar que as últimas direções tiveram uma gestão desastrosa".
O Leixões, cuja equipa de futebol disputa a II Liga, vai a votos na sexta-feira, dia 27, visto que a direção liderada por Mário Santos, eleita há pouco mais de um ano, demitiu-se em bloco em 22 de maio último.
O ato eleitoral foi marcado este mês e esta semana soube-se que há duas listas concorrentes: a A, encabeçada por Carlos Oliveira, e a B, liderada por Duarte Anastácio e com um programa de "rutura, mudança e irreverência".
O candidato da Lista B responsabiliza "as últimas direções" pelo que diz ser "o estado atual" do clube de Matosinhos, acusando-as de terem provocado a "desmobilização completa" dos sócios e dos simpatizantes face aos problemas leixonenses.
Duarte Anastácio iliba, porém, a direção de Mário Santos, "que tudo fez para levar o Leixões a bom porto". Mário Santos concorreu contra o pai de Duarte, Eduardo Anastácio, nas eleições de há um ano.
Eduardo Anastácio candidata-se agora à presidência da Assembleia Geral pela lista B.
As direções a que se refere Duarte Anastácio são as que foram lideradas por Carlos Oliveira.
"O principal problema é a falta de informação. Na última assembleia geral, Mário Santos disse aos sócios que o Leixões devia 4,5 milhões de euros e o candidato da Lista A veio dizer que o Leixões só deve 2,5 milhões", exemplificou Duarte Anastácio.
O candidato da lista B acrescenta que a sua lista pretende "clarificar essa situação" face aos sócios, porque, conclui, "alguém está a mentir e isto tem de acabar".
Outro "ponto fundamental" do seu programa eleitoral é "clarificar o papel do clube na SAD" leixonense
"A SAD tem as suas instalações no Estádio do Mar, que é do clube, e eu quero saber de o acordo de pagamento entre as duas partes tem sido cumprido", explicitou. Segundo afirmou, tal acordo prevê que a SAD pague ao clube cerca de "90 mil euros" anuais.
Para Duarte Anastácio, "se a lista A ganhar é o princípio do fim do Leixões e é a continuidade da falta de informação, das mentiras constantes e da desvalorização total dos sócios, que são a principal arma do Leixões".