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Comentário: Costa Rica afasta Grécia no drama das grandes penalidades

A revelação Costa Rica apurou-se no domingo para os quartos de final do Mundial2014 de futebol, ao vencer a Grécia, do português Fernando Santos, nas grandes penalidades (5-3), após empate a 1-1 no prolongamento, no Recife.

Comentário: Costa Rica afasta Grécia no drama das grandes penalidades
Futebol 365

O guarda-redes Nava, que defendeu a grande penalidade decisiva de Gekas, foi a figura de destaque no apuramento da Costa Rica, que vai defrontar a Holanda nos quartos de final.

A despedida de Fernando Santos, o último dos três treinadores portugueses a “cair” no Mundial2014, teve de tudo um pouco, desde a emoção do empate já nos descontos até ao desperdício dos gregos já nos derradeiros segundos do prolongamento.

No embate mais improvável dos oitavos de final, com o atrativo suplementar de qualificar uma seleção estreante para os “quartos”, o equilíbrio e a escassez de oportunidades de golo foi uma constante ao longo da primeira parte.

O jogo foi inicialmente “fechado”, entre duas seleções defensivas e a apostar no contra-ataque, tendo entrado melhor a Costa Rica, embora denotando enorme dificuldade em encontrar espaços, e pertencido à Grécia a primeira oportunidade de golo.

Depois de um primeiro aviso de Christodoulopoulos, com um remate de longe a errar a baliza, aos dois minutos, a Costa Rica levou o perigo a rondar a área grega por Bolaños, aos oito, na sequência de uma boa jogada de Campbell e Ruiz.

O veterano incansável Karagounis, aos 25 minutos, procurou surpreender o guarda-redes Navas, apontado como provável “reforço” do FC Porto, mas o remate saiu frouxo e à figura.

A melhor situação de golo surgiu para a seleção grega por Salpingidis, aos 37 minutos, na sequência de um cruzamento largo de Cholebas, mas o remate foi desviado do caminho da baliza da Costa Rica pela perna direita do guarda-redes Navas.

Nos minutos finais da primeira parte, o ascendente pertenceu à seleção helénica, sem contudo criar situações de perigo, postura que manteve no início da segunda, com Samaras, aos 47 minutos, a cabecear à figura de Navas, após cruzamento de Cholebas.

A Costa Rica, no primeiro remate direcionado à baliza da Grécia, chegou ao golo por Bryan Ruiz, aos 52 minutos, com um remate frouxo e enrolado, a fazer a bola entrar junto ao poste, a centro de Bolaños, e que deixou sem reação o guarda-redes Karnezis.

Ainda atordoada pelo golo sofrido quando estava por cima no jogo, a seleção grega viu o árbitro australiano Benjamin Williams “perdoar-lhe” uma grande penalidade por mão na bola de Torosidis, que valeria uma oportunidade flagrante para a Costa Rica aumentar.

O mesmo Torosidis, aos 54 minutos, deu o corpo a um remate de Bolaños, já dentro da área, que levava a direção da baliza helénica.

A Grécia acusou o golo sofrido, demorou em reagir, e só voltou a pressionar a Costa Rica depois de se encontrar em superioridade numérica, aos 66 minutos, por expulsão de Duarte, por acumulação de amarelos.

A seleção grega instalou-se no meio-campo da Costa Rica nos minutos finais do encontro, levando o perigo a rondar a baliza de Navas, quase sempre na sequência de lances de bola parada.

Samaras, aos 67 minutos, Manolas, aos 82, e Mitroglou, aos 88, mantiveram acesa a esperança grega de chegar ao golo, criando situações de perigo quase sempre resolvidas pelo guarda-redes Navas.

Sem nunca baixar os braços, a exemplo do que aconteceu no jogo decisivo com a Costa do Marfim (2-1), a Grécia logrou chegar ao golo do empate por Papastathopoulos, aos 90+1 minutos, numa recarga a um primeiro remate de Gekas defendido para a frente por Navas.

O “balde de água” sofrido pela Costa Rica quase que virou gelo ao terceiro minuto do período de descontos, quando o guarda-redes Navas negou a reviravolta à Grécia, desviando para canto um cabeceamento de Mitroglou.

A Grécia continuou por cima no prolongamento, criando perigo por Mitrouglou, aos 94, e Katsouranis, aos 100, perante uma seleção da Costa Rica que reduziu a sua frente de ataque a Campbell e só saía pela certa para o contra-ataque.

Na segunda parte do prolongamento, e depois de uma primeira ameaça inconsequente de Brenes, a Grécia esteve perto de desfazer a igualdade, aos 113 minutos, na sequência de um contra-ataque de cinco para dois, mas Navas negou o golo a Christodoulopoulos.

O mesmo Navas, já no período de descontos do prolongamento, voltou a negar o golo a Mitroglou, com um desvio com o corpo, levando a decisão da eliminatória para as grandes penalidades.

Nas grandes penalidades, a que o português Fernando Santos já não assistiu do banco por ter sido expulso, a Costa Rica concretizou todas, enquanto que a Grécia falhou uma, por Gekas, que não conseguiu ultrapassar o guarda-redes Navas.

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